Aids: Brasil registra queda no número de óbitos

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Neste 1º de dezembro, são comemorados 30 anos de luta contra a doença; diagnóstico tem cobertura obrigatória pelos planos de saúde     

Gerência de Comunicação Social ANS

O Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado neste sábado (1º/12), marca um importante avanço para o Brasil. Segundo boletim epidemiológico divulgado esta semana pelo Ministério da Saúde, houve queda no número de óbitos causados pela doença no país. Em quatro anos, a taxa de mortalidade pela doença passou de 5,7 por 100 mil habitantes em 2014 para 4,8 óbitos em 2017. A garantia do tratamento para todos, lançada em 2013, e a melhoria do diagnóstico contribuíram para a queda, além da ampliação do acesso à testagem e redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento. 

De 1980 a junho de 2018, foram identificados 926.742 casos de aids no Brasil, um registro anual de 40 mil novos casos. Em 2012, a taxa de detecção da doença era de 21,7 casos por 100 mil habitantes e, em 2017, foram 18,3, queda de 15,7%. A introdução do coquetel aconteceu em 1995 e, em 2017 o Brasil registrou a maior queda da mortalidade após esse advento. Outro dado importante sobre a doença é que houve uma redução de 56% nos casos de contaminação de bebês recém-nascidos, que podem ser infectados por mães portadoras de HIV.  

Atualmente, 92% das pessoas em tratamento no país estão com o vírus indetectável no organismo (ou seja, a pessoa não transmite o vírus e consegue manter qualidade de vida sem manifestar os sintomas da Aids). Até setembro de 2018, 585 mil pessoas estavam em tratamento para o HIV/Aids no Brasil. 

Tratamento e prevenção

Ao longo dos últimos anos houve grande avanço no tratamento da doença e muitas ações na prevenção da disseminação do vírus HIV. Mas o principal alerta é que a aids não acabou e que o uso de preservativos em todas as relações sexuais (oral, vaginal e anal) ainda é a mais eficaz forma de prevenção.  

A transmissão pelo vírus do HIV, causador da aids, se dá por meio de relações sexuais desprotegidas com pessoa soropositiva e pelo compartilhamento de objetos perfuro cortantes contaminados (como agulhas e alicates). Mas ele também pode ser transmitido de mãe soropositiva, sem tratamento, para o filho durante a gestação, parto ou amamentação.  

Cabe destacar que ser portador de HIV (vírus) e ter aids (doença) são condições diferentes. Avanços científicos ajudam as pessoas com o vírus a terem qualidade de vida, sem chegar ao estágio da doença (onde o paciente pode contrair hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e até desenvolver alguns tipos de câncer).  

O tratamento para os soropositivos (que tem o vírus HIV) inclui acompanhamento com profissionais de saúde, realização periódica de exames e uso de medicamentos antirretrovirais. Esses remédios, quando tomados corretamente, impedem a multiplicação do HIV e diminuem a quantidade do vírus no organismo até ficarem indetectáveis. Com isso, as defesas do paciente melhoram, apresentando menos riscos de desenvolver doenças oportunistas que caracterizam a Aids. 

Na maioria dos casos, o tratamento deixa o vírus intransmissível na relação sexual, desde que não existam outros fatores que aumentam o risco de contágio, como, por exemplo, outras infecções sexualmente transmissíveis.    

Diagnóstico tem cobertura garantida pelos planos de saúde 

Os beneficiários de planos de saúde podem fazer a detecção da doença graças à inclusão de vários teste e exames para diagnosticar o vírus. O rol de procedimentos da ANS tem inclusos exames laboratoriais anti-HIV, pesquisa de anticorpos, antígeno P24, carga viral por PCR, NASBA, BDNA, teste qualitativo por PCR, além do teste rápido para detecção de HIV em gestantes. O Rol também disponibiliza o teste de genotipagem do HIV para os casos suspeitos de resistência viral e/ou risco de falha terapêutica e exames de qualificação no sangue do doador e prova pré-transfusional no sangue do receptor.  

Em 2015, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou uma súmula normativa (nº 27) reforçando a determinação de que as operadoras de planos de saúde estão proibidas de recusar clientes em função de serem idosos ou portadores de doenças preexistentes (como os portadores do vírus HIV) ao plano de saúde. A regra alerta que as operadoras também não podem excluir beneficiários usando estes motivos. 

Confira a lista completa dos exames e procedimentos que tem cobertura obrigatória pelos planos de saúde acessando o Rol de Procedimento. Clique aqui!

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Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

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