Forjado sob arquitetura futurista e localizado em ponto estratégico, Hospital Moriah está pronto para operar

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Dr. Leandro Echenique (Diretor Técnico do Hospital Moriah)

 

.São Paulo – Quem passa pela Av. 23 de Maio, sentido Aeroporto de Congonhas, pode até nem imaginar, mas, no lugar onde um dia ícones da Jovem Guarda emocionaram as "jovens tardes de domingo", hoje, uma arrojada estrutura forjada no vidro e no aço, abriga um dos mais compactos e modernos complexos hospitalares do País.

Localizado no bairro Planalto Paulista, próximo de Moema e do aeroporto de Congonhas, o Hospital Moriah chega para atender uma demanda dos moradores da região e pacientes que precisam realizar tratamentos e procedimentos cirúrgicos de alta complexidade.

Com investimentos que somam a ordem de R$ 105 milhões em infra estrutura e tecnologia, o Moriah é a joia da coroa da Operadora Life Saúde, que atua no mercado nacional desde 2001 e mantém uma carteira com mais de 70 mil vidas. (Competência Janeiro 2015 – ANS).

Gestores do Hospital Moriah participaram recentemente de uma missão no continente africano com o objetivo de apresentar o Programa Internacional de Acolhimento para empresários, políticos, líderes de entidades, imprensa, médicos, entre outros profissionais da saúde de Angola, Moçambique e África do Sul.

A iniciativa pretende consolidar o Moriah como uma alternativa para pacientes de outros países que procuram o Brasil para realizar tratamento médico-hospitalar. O programa de acolhimento envolve várias ações, como triagem, troca de informações entre médicos do Brasil e do país de origem do paciente, além de apoio para plano da viagem, agendamento de consultas e exames, traslado e hospedagem.

Graduado em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, onde hoje é professor de pós-graduação (cardiologia clínica), Dr. Leandro Echenique (36),  diretor técnico do Moriah, acompanhado pela assessora de imprensa, Patrícia Dantas, Valmir Costa (gerente de vendas Life Saúde) e pelo coordenador de vendas, também da Life, Armando Santos, recebeu o Blog do Corretor para uma entrevista iluminada pelo conhecimento do entrevistado e pelo sol de inverno, cujos raios ultrapassavam o teto de vidro a prova de som. Mas, antes, convido o leitor a assistir ao vídeo institucional do translúcido hospital. . . 

Blog do Corretor:
O senhor já administrou outros hospitais?

Dr. Leandro Echenique:
Hospitais não, clínicas. Sou formado em medicina pela Escola Paulista de Medicina, depois fiz mestrado na USP e atuo como cardiologista. Antes de receber o convite para estar à frente deste projeto, eu atuava no Sírio Libanês e no Albert Einstein, fazendo a parte de cardiologia clínica. Começamos aqui com o projeto do Moriah, isso já a cerca de um ano e meio, eu estava entre os responsáveis pela clínica, tem uma unidade ambulatorial que fica há cerca de 2 km daqui, quando em dezembro assumi a diretoria técnica aqui do hospital. [O entrevistado é interrompido por uma ligação no celular que o chama para uma rápida emergência, mas logo em seguida retoma pedindo desculpas]

Blog do Corretor:
Além do atendimento pela Life Saúde… porque o Hospital pertence à Life, não é?

Dr. Leandro Echenique:
Isso, pertence ao grupo. Mas ele não é exclusivo, não é? Nós iniciamos as nossas atividades com a Life, porém o hospital está em processo adiantado de parcerias com outras Operadoras e Seguradoras que atendem um público de alto padrão.

Blog do Corretor:
Há uma especialidade específica ou o Moriah é um hospital de clínicas?

Dr. Leandro Echenique:
Não, não. O foco do hospital é na alta complexidade e nós elencamos algumas especialidades que serão o foco, que é a neuro, a neurocirurgia, então nós temos um diferencial muito grande em cirurgias funcionais, a gente tem um tomógrafo ultra moderno capaz de fazer navegação, então nós investimos muito na área de neurocirurgia, cirurgia cardíaca minimamente invasiva e ortopedia. Porém, nós estamos fazendo também a parte urológica, ginecologia, cirurgia plástica… nós não temos aqui, pediatria e nem obstetrícia.

Blog do Corretor :
Atenderá pelo SUS?

Dr. Leandro Echenique:
Não. Particular e pelas Operadoras e Seguradoras.

Blog do Corretor: 
A Life manteve importantes parcerias no mercado, mas declinou de todas elas. Eu não sei se esta é a sua área, mas gostaríamos de saber: Há intenção de retomar ou existe um plano específico em andamento? Refiro-me às parcerias com a Qualicorp… 

Dr. Leandro Echenique:
Nós temos o superintendente da Life, que por acaso está aqui no hospital e ele pode responder a esta pergunta. Este assunto, realmente, foge da minha alçada.

Blog do Corretor:
De que forma o Grupo pretende que o Moriah seja conhecido no mercado, além de ser um hospital de ponta?

Dr. Leandro Echenique:
O nosso diferencial, como você falou, além de ser um hospital de ponta, alta tecnologia, um hospital voltado para alta complexidade, já estamos recebendo demanda de outros Estados, até de outros países, já tivemos pacientes da África do Sul, vindo operar conosco aqui, cirurgias minimamente invasivas, que realmente oferece uma resolutividade maior com tempo de internação menor, isso é uma tendência hoje em dia; uma alta precoce faz o paciente retornar ao trabalho mais rapidamente com esses novos procedimentos, mas nós queremos ser conhecidos por oferecer um atendimento de qualidade, com os preceitos éticos, nós não queremos ser um hospital onde o paciente entre e fique fazendo exames desnecessários, onde se prolongue a internação com outros objetivos, não é? Então, realmente o foco é dar um atendimento de alta qualidade, com os exames realmente necessários, nós temos aqui ressonância três tesla… porém fazer aquilo que realmente é necessário, um atendimento humanizado. Nós somos um hospital que já inaugurou com Planetree, com atendimento voltado para o paciente, então é nesse sentido que a gente quer se diferenciar.

Blog do Corretor:
No mercado de planos de saúde, nós conhecemos os hospitais divididos em três categorias: pequenos, médios e de grande porte. Em qual delas o senhor encaixa o Moriah?

Dr. Leandro Echenique:
Nós temos hoje por volta de 50 leitos dos quais 11 é de UTI… Em termos de tamanho, realmente ele é pequeno, porque é o primeiro hospital de um projeto maior. Então, como eu já disse, ele não é um hospital para atender casos de apendicite, por exemplo. É um hospital de alta complexidade.

Blog do Corretor:
Algum tratamento ou exame exclusivo?

Dr. Leandro Echenique:
Nós temos um aparelho aqui que é o Selvision – que até então só o ICESP [Instituto do Câncer] possuía -, para pesquisas, não tem nos grandes hospitais ainda, então o nosso centro aqui é um centro de excelência, nessa área.  Nós podemos fazer todos os procedimentos lá dentro, sem necessariamente transferir o paciente para o centro cirúrgico.

 

Blog do Corretor:
Para encerrar, eu gostaria que o senhor fizesse suas considerações finais.

Dr. Leandro Echenique:
O hospital começou, mas já começou grande. A parte de internacionalização, onde estamos fechando as parcerias agora com alguns países da África, temos uma viagem também para Jerusalém, onde também vamos estabelecer parcerias, como o Grupo é muito grande, a gente tem essa capilaridade, então…  este foi o primeiro hospital aqui em São Paulo que já abriu com o pane three, então nós iniciamos já muito bem, oferecendo um atendimento de qualidade, temos indicadores excelentes, para um hospital que não tem nem seis meses de funcionamento, o objetivo é crescer oferecendo um atendimento humanizado e com excelência. Por isso procuramos um corpo clínico altamente especializado, altamente diferenciado, não só na assistência, mas também na pesquisa, e planejando para o futuro, além de… a gente pensa em expandir pra outros locais, também o nosso instituto de pesquisa, que é o MIP – Moriah Instituto de Pesquisas, porque quem faz pesquisa, aprimora a assistência.

Blog do Corretor:
Muito obrigado.

Patrícia Dantas (Assessora de Imprensa), Dr. Leandro Echenique (Diretor Técnico do Hospital Moriah), Armando dos Santos (Coordenador de Vendas Life Saúde) e Valmir Costa (Gerente de Vendas Life Saúde) .

Fachada do Hospital Moriah com entrada pela Av. Moaci, 974 – Moema

. .

[Aproveitando a presença no hospital do superintendente comercial da Life Saúde, fizemos a ele as perguntas que não cabiam ao Dr. Leandro]

Blog do Corretor:
A Life Saúde vai comercializar os seus produtos com exclusividade ou disponibilizará às Corretoras?

Rodrigo Garcia:
Colocar no mercado, com certeza! Mas, importante frisar que nós não focaremos o mercado verticalizado. A Life será uma Operadora não exclusiva do hospital Moriah. O hospital Moriah não será exclusivo da Operadora reciprocamente aí. Então, o hospital vai atender todas as demais operadoras do mesmo nível ou acima da Life. Nós já comercializamos um produto anteriormente através das plataformas ao qual nós suspendemos por uma revisão de planejamento. Hoje, o que nós temos na Life são produtos bem consolidados e agora estamos formatando um novo produto para atingir então o mercado e obviamente distribuir isso nas devidas plataformas.

Blog do Corretor:
Você falou em suspensão de produtos e eu me lembro de duas importantes parcerias, como Qualicorp, Viacorp… Há intenção de retomar ou existe outro plano em andamento? .

Rodrigo Garcia: 
A parceria… ah, o grande motivo é o seguinte: nós somos um plano de saúde. A saúde você não consegue assisti-la, somente com um pedaço do atendimento, ou com uma parte do processo. A saúde tem os seus vários níveis. Desde a atenção primária, a terciária… se preciso for, né? Então, desde uma educação em saúde, ou até um transplante, uma cirurgia de alta complexidade. E nessas parcerias ao qual você frisou (sic), a Life não estava tendo acesso direto ao beneficiário. Ao qual nós não poderíamos dar a educação em saúde, o acesso básico à saúde, era simplesmente o seguinte: olha, se ele precisar ele vai usar, se ele não precisar ele não vai usar. Como o seguro de um carro. Nós não podemos tratar a saúde de uma vida, como o seguro de um carro, ao qual se você bater ou se você sofreu um sinistro você usa. Se você não sofreu você não usa.  E nós, nesses casos específicos citados, não estávamos tendo acesso às informações básicas das pessoas. Porque quando você coloca um intermediário, a carteira, teoricamente, é desse beneficiário. Só que a responsabilidade final do acesso à saúde é da Operadora. De disponibilizar rede, recursos… então… Por exemplo: se você tivesse um  plano por uma administradora nessa parceria citada, eu não conseguia muitas vezes chegar até você(!) Pra chegar até você, eu tinha que primeiro chegar através do intermediário. Então, ficou de fato, um pouco complicado. Porque nós temos um serviço denominado Auto Cuidado Sustentável que ele fecha essa cadeia ao qual eu citei. Desde a atenção primária até o final, tentando o máximo possível, trazer qualidade de vida ao paciente. E o Auto Cuidado não tinha acesso.

Blog do Corretor:
Mas são várias operadoras e Administradoras e o mercado funciona assim.

Rodrigo Garcia:
Tivemos uma reunião durante a qual foi falado: "Não, esse serviço da promoção e prevenção é nosso". Só que não é focado hoje, infelizmente, o mercado tá o seguinte: Faz a prevenção pra evitar o custo.  Não é só isso. Porque mesmo a pessoa que já passou por um atendimento de alta complexidade, ela precisa ser acompanhada. E aonde você fala: Não, essa aqui é a minha parte, deixa que eu faço.  Com um certo receio de perder a carteira ou de perder a autonomia sobre a carteira, não sei. Mas nós não descartamos a possibilidade… por isso que nós estamos revendo esse novo produto pra que a gente consiga, então, estabelecer a regra do jogo antes de começar a jogar.

Blog do Corretor:
Para encerrar, como você vê a questão do ressarcimento dos hospitais particulares ao SUS?

Rodrigo Garcia:
Há uma questão aí de interpretação. A minha primeira formação é contabilidade. Hoje, toda pessoa física, ela recebe o direito, se ela paga um plano de saúde suplementar, o nome já diz: é suplementar.  É direito do cidadão ter saúde. É dever do Estado entregar saúde. Se o Estado não faz muito bem, ou se ele faz e mesmo assim o cidadão resolve suplementar, então o Estado lhe dar o direito de dedução no imposto de renda, desde que você comprove os gastos com o serviço de saúde particular. Então, vendo por esse lado, o Estado tem razão em cobrar o ressarcimento das Operadoras. Porque ele diz: Eu não estou sendo remunerado por esse cidadão brasileiro. Quem está sendo remunerado são vocês, saúde suplementar. Mas, ao mesmo tempo, é direito do cidadão. É dever do Estado, entende? Então fica esse conflito mais na interpretação, concorda? O tributarista bate nisso, quem está lá do lado da Agência Nacional. Mas… nós temos a Operadora e temos o hospital, né? Vira e mexe chega um ressarcimento ao SUS. Não chegamos ainda a um acordo. A própria Associação de Medicina de Grupo, a nossa representante, a ABRANGE… quanto a Agência, está consolidada, né? Porque aí é uma discussão muito ampla, porque a gente tá falando da saúde. Porque se for assim, a gente teria de falar então do ressarcimento das escolas, quando a pessoa estuda em escola pública. Porque se você usa pra saúde, então você teria de usar para todos os argumentos que são obrigação do Estado. Então por isso que essa discussão não acaba. Infelizmente isso só traz à tona a debilidade da obrigação do Estado. Então muda a Constituição, né? Fala que não é mais obrigação do Estado. É claro que não é isso que eu quero.

Blog do Corretor:
Muito obrigado pela entrevista.

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Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

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