Com investimento de 340 milhões de reais, o Samaritano Paulista deve abrir as portas nesta segunda (15), na região central
Por Juliene Moretti
De acordo com uma pesquisa do American College of Cardiology, divulgada no mês passado, cerca de 80% das mortes por motivos cardíacos poderiam ser evitadas se houvesse prevenção, com mudanças de hábitos como alimentação e prática de exercícios. Parece óbvio, mas ainda se trata de uma mentalidade que se altera a passos lentos. “A partir dessa perspectiva, começamos a desenhar nosso projeto. Queremos cuidar do paciente em todas as fases”, explica Valter Furlan, diretor-geral do Hospital Samaritano Paulista, instituição particular que deve abrir as portas nesta segunda (15), na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, na região central.
Instalado em um prédio de dez andares e com investimento na faixa de 340 milhões de reais, o empreendimento será especializado nos setores de neurologia e cardiologia de alta complexidade. São 27 000 metros quadrados, com um centro cirúrgico que possui oito salas tecnológicas com condições de transmitir procedimentos ao vivo. Dos 163 leitos, oito destinam-se ao público vip, com direito a quarto com antessala. O maior deles tem 60 metros quadrados. O negócio chega para engordar o portfólio do gigante UnitedHealth Group no país, que responde também pelo Américas Serviços Médicos, com 21 hospitais pelo Brasil — entre eles Alvorada, Metropolitano e Samaritano, quase homônimo do novo endereço.
O projeto do Samaritano Paulista começou a ser desenhado há oito anos. “Analisamos os resultados das nossas redes hospitalares e nos surpreendemos com o rendimento do TotalCor”, afirma Claudio Lottenberg, presidente da UnitedHealth Group Brasil, holding também responsável pela Amil, de planos de saúde, e pela Optum, de análise de dados médicos. Localizado na Alameda Santos e focado em cardiologia, o TotalCor é considerado centro de excelência e possui o prêmio Platinum da American Heart Association, que analisa procedimentos para a redução de mortes causadas por doenças cardiovasculares. A ideia é que o Samaritano Paulista receba seus pacientes e ofereça uma estrutura capaz de triplicar o número de atendimentos e dobrar a quantidade de cirurgias. O futuro do TotalCor, entretanto, ainda está em estudo.