Dr.Online confirma, em levantamento, que os homens ainda são minoria tanto no pronto atendimento, quanto nas consultas eletivas
Por Dr.Online | Lúcia Guimarães
SÃO PAULO – Levantamento realizado pela Dr.Online, plataforma digital de Atenção à Saúde, durante o último trimestre demostra que os homens seguem acessando menos atendimento preventivo, o que eleva a incidência de eventos agudos, internações e tratamentos de alto custo. A baixa adesão masculina ao acompanhamento preventivo resulta em diagnósticos tardios, especialmente em doenças cardíacas, metabólicas e oncológicas, áreas que representam grande impacto financeiro para operadoras e seguradoras.
Muitos homens só buscam atendimento quando sintomas se tornam impossíveis de ignorar, como infartos, doenças cardiovasculares, complicações evitáveis, silenciosas e progressivas.
Os números mostram que o padrão se repete sempre, como relógio. Os homens procuram menos atendimento e chegam quando o quadro já é delicado, mesmo quando o acesso é digital, imediato e confidencial. No último trimestre, do total de consultas de pronto atendimento, os homens foram 38%. Já nas consultas com especialistas, esse número foi de 46%. A médica Dra. Thaís Cunha Dias Ferreira, especialista em Atenção Primária em Saúde Digital e Coordenadora Médica da Dr.Online, observa que “mesmo com toda a facilidade que a telemedicina oferece, com atendimento imediato, sem deslocamento e com privacidade, ainda é baixo o número de homens que procuram cuidado preventivo. Eles só chegam quando o corpo grita, e muitas vezes já poderiam estar tratando antes, concluí Dra. Thaís.
Informações divulgadas pelo Ministério da Saúde apontam que os homens morrem mais do que as mulheres na maioria das causas de óbitos e em todas as faixas etárias até 80 anos. Além disso, segundo dados do Saúde-Brasil 2021-2022, a tendência de maior mortalidade entre homens até 60 anos é especialmente decorrente de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT), caracterizadas principalmente por doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, neoplasias e diabetes mellitus.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, esses quatro principais grupos de DCNT foram responsáveis por 55% do total das mortes no Brasil em 2018 e os homens apresentaram maior risco de morte do que as mulheres em todos esses grupos, principalmente para doenças cardiovasculares e doenças respiratórias crônicas, com 40% a 50% mais risco de morrer por uma dessas patologias.






