Atualizações impactam reajustes, coberturas e cancelamentos, exigindo mais preparo técnico dos corretores e atenção estratégica das empresas que contratam planos coletivos
Por Yia Broker
SÃO PAULO – A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou uma série de novas regras que devem transformar significativamente o mercado de planos de saúde no Brasil. As mudanças que irão ser válidas a partir do dia 01/07, afetam reajustes, agrupamentos de carteiras e a portabilidade dos beneficiários, com impactos diretos para operadoras, empresas contratantes e, especialmente, para os corretores que atuam no setor. Para a YIA Broker, consultoria especializada na gestão de planos corporativos, trata-se de um divisor de águas na forma como o benefício saúde será tratado dentro das empresas a partir de agora.
Entre as principais alterações está o novo teto de reajuste para planos individuais e familiares, fixado em 6,06% para o período de maio de 2025 a abril de 2026. Embora esse percentual não se aplique aos planos coletivos — que representam cerca de 80% do mercado, com mais de 50 milhões de beneficiários — a decisão da ANS de ampliar o controle sobre o setor pressiona todo o sistema a ser mais transparente e previsível. Em 2024, por exemplo, os planos coletivos registraram reajustes de até 13,8%, gerando insatisfação entre consumidores e empresas.
Outro ponto sensível é a ampliação do agrupamento de contratos coletivos por faixa de beneficiários. Agora, planos com até 400 vidas devem ser agrupados para fins de cálculo de reajuste, uma mudança significativa frente ao limite anterior de 29 vidas. Isso significa que pequenas e médias empresas poderão sofrer impactos diferentes nos preços, dependendo da sinistralidade do grupo ao qual forem incorporadas.
A ANS também reduziu a meta de sinistralidade de 75% para 72%, o que, na prática, diminui a margem que as operadoras têm para justificar aumentos nas mensalidades. Além disso, foi facilitada a portabilidade de carências: beneficiários poderão trocar de plano mesmo fora do prazo tradicional, caso um hospital importante seja excluído da rede credenciada — uma medida que visa proteger o consumidor, mas que pressiona ainda mais operadoras e corretores a entregarem soluções adequadas e bem planejadas.
Para a CEO da YIA Broker, Dyla De Toledo, essas mudanças elevam o papel técnico e consultivo dos corretores no ecossistema de saúde corporativa. “O corretor de saúde deixou de ser apenas um vendedor de plano. Com as novas diretrizes da ANS, ele passa a ser uma peça-chave na orientação estratégica das empresas. É nosso papel analisar contratos, antecipar riscos e garantir que as escolhas estejam alinhadas com a legislação e com a realidade do negócio do cliente”, afirma.
Segundo Dyla, as mudanças exigem das empresas uma postura mais proativa na gestão dos benefícios de saúde. “Não é mais possível renovar automaticamente contratos ou aceitar reajustes sem entender os critérios técnicos. A transparência exigida pela ANS agora também deve existir dentro das companhias. Por isso, nossa missão na YIA é ajudar clientes e parceiros a interpretarem o cenário e tomarem decisões com base em dados e segurança jurídica”, completa.
Além da análise técnica de reajustes e composição de carteiras, a YIA tem atuado com auditorias especializadas para auxiliar empresas a revisarem contratos antigos, muitas vezes desalinhados com a nova realidade do setor. A empresa também desenvolve estratégias para a gestão de sinistralidade e construção de programas de bem-estar que contribuem para a saúde dos colaboradores e para a previsibilidade de custos.
Com o mercado em movimento e consumidores cada vez mais atentos a seus direitos, a ANS dá um recado claro ao setor: a saúde suplementar precisa ser mais justa, equilibrada e transparente. Nesse contexto, empresas que investem em informação, consultoria técnica e gestão ativa saem na frente — e os corretores preparados para esse novo momento tornam-se verdadeiros aliados estratégicos.