Por Blog do Corretor | Da Redação | Crítica
Como analista atento às engrenagens do mercado de saúde suplementar, observo que a trajetória da Brazil Health não é apenas um caso de sucesso comercial, mas um reflexo da própria sofisticação do nosso setor. Ao completar uma década, a empresa nos convida a uma reflexão profunda sobre a transição do “amadorismo festivo” para o “corporativismo de elite”. Estive presente na Casa Bisutti não apenas como convidado, mas como o olhar crítico que o mercado aprendeu a respeitar. Aquele que se senta à mesa discreta, anota o que não é dito e traduz a ética dos fatos para o Blog do Corretor.
A evolução geográfica da BrH, que deixou o quadrilátero bélico da Sete de Abril — a nossa histórica “Faixa de Gaza” — para se consolidar na ampla estrutura de um prédio na Av. Angélica, simboliza uma mudança de status quo. Onde antes imperava a disputa agressiva por cada contrato em escritórios exíguos, hoje vemos a estrutura de uma Assessoria de grande porte. É fascinante notar como o centro de gravidade das confraternizações mudou. As operadoras, outrora as grandes anfitriãs de festas em sítios de logística duvidosa, cederam o protagonismo às corretoras. Hoje, são elas que ditam o ritmo, o glamour e a autoridade do mercado.
Na festa da última segunda-feira (15), a estética “Versailles” com o rigor do colarinho e a gravata borboleta não foi apenas um capricho visual, mas uma declaração de poder e organização. Como crítico, sinto-me gratificado ao perceber que minhas observações ácidas de anos anteriores parecem ter surtido efeito. Marcelo Reina e Leandro Sandor abandonaram as homéricas e cansativas homenagens de outrora por um roteiro dinâmico e objetivo. Essa agilidade no palco demonstra respeito ao tempo do convidado e uma maturidade de gestão que entende que a celebração deve ser fluida, não um fardo protocolar.
A tecnologia foi a espinha dorsal do evento. O uso de carrosséis digitais para destacar parceiros e o acesso imediato às fotos via QR Code mostram que a BrH está sintonizada com a era da experiência digital do cliente. No entanto, minha análise não se deixa seduzir apenas pelas luzes do telão; os números trazidos pelos executivos, como os 240 atendimentos na MedSênior durante o Conec/25, fundamentam o sucesso da empresa em dados concretos. A força de um elenco de 120 pessoas é o que sustenta o crescimento meteórico que testemunhei desde os primeiros passos na Sete de Abril.
Encerrar o ano com uma nota próxima ao 10 não é uma concessão de amizade, mas um reconhecimento técnico à excelência da organização, da trilha sonora e, claro, da curadoria do que foi servido. Ao receber em minha mesa Celso Lorençato e um Sérgio Andrade visivelmente exausto — a afonia de quem entrega resultados até o último minuto —, reafirmei meu compromisso com a imparcialidade. O Blog do Corretor continua sendo o fiel da balança, aplaudimos o brilho da festa, mas nunca deixamos de analisar o suor e a estratégia por trás de cada taça erguida.






