Corretor, que já foi menino de rua, dá a volta por cima e hoje é um campeão de vendas

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Há pessoas que nascem em berço de ouro, pessoas que ao chegar aqui encontram quase tudo pronto. Outras, no entanto, têm de construir o seu próprio caminho. Caminho esse, muitas vezes, repleto de obstáculos, de precipícios, de tormentas. Um caminho que, de tão árduo, parece programado para o caminhante desistir.

Alexandre Roberto da Silva, 40, é uma dessas pessoas que vêm ao mundo programadas para o fracasso. Nada está a seu favor. Nem mesmo o direito à segurança dos braços de um pai e de uma mãe.

A criança que parecia não ter futuro, mordeu com todos os dentes a única oportunidade que teve em sua "vida severina”, quando foi recolhido da rua por uma família que o adotou por um período. Apenas o tempo necessário para que o adolescente criasse forças para trilhar o seu próprio caminho e, com muito esforço próprio, remover pedras e ultrapassar pontes construídas com a força de seu pensamento.

Hoje, fazendo questão de dizer que só estudou até a 4º série do Ensino Fundamental, Alexandre Roberto enche os olhos de lágrimas quando fala de sua vida.

As lágrimas podem ser salgadas, afinal a vida foi dura. Mas há também uma certa doçura na forma como elas rolam pelo seu rosto e cai em sua boca aberta por um largo sorriso. Como se não existissem cicatrizes no corpo e nem na alma. (E talvez não existam mesmo).

Hoje, à frente de seu próprio negócio, O Amigão Saúde Corretora, que consiste em duas lojas e uma Corretora Mariz, todas em São Miguel Paulista e região, Alexandre é a prova concreta (mais uma) de que é possível modificar o destino. Principalmente quando este não está bem programado.

Aproveitamos a viagem a Angra dos Reis, com o GNDI, e entrevistamos esse corretor que muito nos impressionou.

 

Blog do Corretor:
Durante essa viagem inesquecível, promovida pelo GNDI, eu tive a oportunidade de conhece-lo, e, mais ainda, conhecer também um pouco da sua história que é, indubitavelmente, um exemplo de superação. Uma história que você deseja revelar nas páginas de um livro. Mas por enquanto vamos revelar um pouco nas páginas deste Blog. A sua presença neste grupo, significa que você é um campeão de vendas. Só tem você na sua Corretora?

Alexandre Roberto:
Só eu e a minha esposa, Cláudia Sena, na liderança. Nós temos uma estrutura grande, mas não temos uma grande equipe. Mas é com o nosso método de trabalho que a gente vem vendendo bastante. E foi graças a essa boa produção que temos conquistado premiações.

BC:
Como foi o início de sua independência profissional?

AR:
Nós começamos em casa. Depois montamos uma Corretora em Itaquera, uma loja onde fica minha filha hoje. Em São Miguel, já faz mais de um ano que temos uma lá onde também atuamos. A partir desses dois pontos, atendemos São Paulo inteiro.

BC:
Loja que você fala é aquele tipo de estratégia em que é aberto um espaço onde são exibidas as marcas como se estivessem numa vitrine?

AR:
Sim, em Itaquera temos uma pequena loja, em São Miguel temos a Corretora e em frente temos mais uma loja.

BC:
Estes são desdobramentos do Amigão Saúde, que é uma criação sua?

AR:
É uma criação minha. É tudo muito louco. Eu só tenho o 4º ano do primário. Tudo que eu tenho hoje, minha casa, meus escritórios e a vida que eu ofereço a minha família, tudo isso eu devo ao mercado de planos de saúde.

BC:
Você me revelou que a sua filha fez uma viagem internacional. Foi uma promoção de alguma operadora ou a viagem foi patrocinada por você?

AR:
Eu consegui proporcionar essa viagem a ela e me orgulho muito disso. No ano passado eu fui também com a minha família a Cancun, dia 03 de dezembro próximo iremos a Europa… tudo vendendo planos de saúde (sic). Eu tenho uma Corretora, mas ainda sou um vendedor pastinha. Eu pego o meu carro, vou vender o plano de saúde atendendo as classes A, C, D, enfim, todas as classes sociais.

BC:
Eu vejo que, a despeito de sua infância sofrida – você já foi um menino de rua, foi adotado por uma família desconhecida – a despeito de tudo isso, percebemos em você um humor contagiante. Você acredita que esse otimismo, esse alto astral o ajudou a superar as dificuldades e hoje o ajuda a conquistar o seu cliente?

AR:
Acredito que sim. Eu sempre estou sorrindo, brincando… eu penso que isso só pode atrair coisas boas.

BC:
E qual é a sua opinião a respeito do projeto que permite a comercialização dos planos de saúde de forma online?

AR:
Eu acho que a venda online é uma tendência, a internet está aí, os Smatphones e tal. Eu vou dar só um exemplo, e… hoje eu estava conversando com um senhor aqui no evento, o cara não é da Intermédica, tá? Ele comentou comigo que a OLX está lançando um aplicativo para o internauta comprar o imóvel dele pelo aplicativo. E o corretor de imóvel, onde vai parar? Acabou com a profissão. Eu acredito que, com o plano de saúde, vai acontecer a mesma coisa. Hoje, para abrir uma conta no Banco Original, por exemplo, você apenas usa o aplicativo. Eu acredito que a nossa profissão, daqui há cinco, dez anos, vai acabar. É necessário, mas, no meu ponto de vista, num futuro breve, não precisará mais do corretor.

BC:
Conhecendo o processo da venda que envolve, além do contrato, aditivos, Declaração de Saúde, nomenclaturas específicas, explicações que, em tese, somente um corretor pode passar… a venda online vai atender a tudo isso?

AR:
Boa pergunta. Mas eu acho que sim. Quando você vai comprar um imóvel, tem bastante cláusulas contratuais, não é? Se naquela profissão de corretor de imóveis está acontecendo isso, por que não na nossa? O cliente vai ler e se tiver dificuldade de entender algo, a operadora certamente irá disponibilizar um canal para ele tirar dúvidas.

BC:
Não estamos aqui defendendo e nem condenando o modelo de vendas online. Não é isso. Fazemos aqui o papel de advogado do diabo. Por isso perguntamos: Você acredita que haverá um aumento da judicialização do setor, em função de uma venda cujo proponente poderá marcar um “De Acordo” sem ler?

AR:
É um assunto muito complicado, mas pode ser. Eu lembro que em um evento de lançamento do aplicativo da AllCare, os caras diziam para o cara colocar o dedo, colocar o (inaudível), e ele entendeu aquilo ali (sic). Mas na propaganda lá colocaram um corretor… é muito complexo, mas eu acredito que num futuro bem próximo, a gente vai ficar de canto.

BC:
Então você já pensa em procurar outra profissão?

AR:
No meu caso, eu já nasci vendedor,né? (risos). Sou um vendedor nato, vendo qualquer coisa. Posso até ficar triste por não atuar mais na área que eu amo, que me formou como profissional há 20 anos, quase, que eu estou no mercado, que me deu base e tudo, eu acredito que sim.

BC:
Você acredita que esse processo é inevitável, em função da evolução digital, ou você acredita que há também o dedo das grandes Operadoras que atuaram e influenciaram nessa mudança?

AR:
As duas maiores Companhias hoje pertencem ao mercado Americano. Eles entendem que não devem ficar pagando uma comissão alta como a que é paga hoje ao corretor. Por outro lado, eu acredito também que o modelo de venda online vai tirar muito corretor do mercado que envergonha a classe. Você sabe que ainda temos atuando no mercado aquele tipo de vendedor que vai no cliente, pega o dinheiro, não dá entrada na proposta e isso só traz dor de cabeça para a Corretora onde esse vendedor deveria ter entregado a proposta e para a Operadora também. Eu acredito que a venda online vai blindar o mercado desse tipo de vendedor.

BC:
Eu gostaria que você definisse este passeio promovido pelo GNDI aqui nesse paraíso em que estamos: Rio das Pedras-RJ.

AR:
Eu estou tendo uma oportunidade única. Já viajei pela Amil quatro vezes. Já viajei pela Unimed e esta é a minha primeira vez pelo GNDI. Cara, foi fantástico. O pessoal da Intermédica, maravilhoso, recepção maravilhosa, o resort aqui eu não conhecia, mas… fantástico, cara. E aqui só gente boa, gente do bem e toc, toc, toc. Interagindo aqui com as equipes comerciais, com a diretoria, com os colegas… nossa! Sem palavras.

BC:
Você já foi um barelense?

AR:
Fui, fui. Na Barela eu tive uma passagem extraordinária. Fiquei sete anos lá e não estou trabalhando ainda por uma questão comercial, mas eu tenho um carinho pelo Marcio Mantovani imenso. Muito monstro. Eu lembro que quando comprei a minha primeira casa, eu fazia panfletagem e eu cheguei para o Marcio, Marcio e o Gilmar. Tenho que falar no Gilmar porque ele era o meu supervisor. Você conhece o Gilmar, não é?

BC:
Conheço, sim.

AR:
Cara fantástico. Eu chegava para ele e pedia um adiantamento de comissão, o famoso vale, não é? E tanto o Gilmar, quanto o Marcio me ajudaram muito nisso tudo. E eu ganhei a minha primeira viagem pela Amil, depois fui ao Iberostar duas vezes pela Amil… cara, isso é uma coisa que … e olha, todas as viagens que eu ganhei pela Amil foram de vendas de panfleto. Hoje a gente vive numa época de indicação, leads, mas essas minhas viagens foram graças as minhas vendas de panfleto. Foram cinco viagens pela Amil: duas vezes ao Ibero, duas à Fortaleza, uma vez para o Casa Grande Hotel, no Guarujá, e outra a um hotel lá na Serra da Mantiqueira, também pela Amil (risos).

BC:
Agora você está nesta viagem do GNDI pela primeira vez. Isto seria uma indicação de que o Grupo está realmente ampliando a sua capacidade de abrangência e o fortalecimento de sua carteira?

AR:
Eu estava até conversando com o nosso amigo ali, o Ronaldo, que a gente começou a vender Intermédica de um ano e meio para cá, e agora a gente vai vestir a camisa. O Amigão Saúde vai vestir a camisa da Intermédica porque é um produto… como a gente trabalha muito com as classes C e D, é um produto que se encaixa bem, tem uma rede que atende a necessidade do público que eu atendo na Zona Leste, enfim. Eu acredito que o GNDI é a bola da vez. A minha produção eu entrego na Qualitek. Eu fiz uma parceria boa com o “seo” Newton e lá a minha gestora é a Cris. Ela atende a Qualitek.

BC:
Que nota você dá para Intermédica hoje?

AR:
Eu vou dar nota 8,5 (risos)

BC:
Eu tive a alegria de conhecer um pouco de sua história de vida, aqui, durante essa viagem. Sei de seu desejo em transformar a sua experiência de vida em livro. Enquanto ele não sai, vamos conhecendo você por aqui mesmo. Para encerrar, gostaria que você fizesse um arrazoado do que foi essa viagem para você e o que você espera do futuro a médio prazo.

Alexandre Roberto:
A viagem foi perfeita. Tudo funcionou, não tenho o que reclamar, e quanto aos meus colegas corretores, que vivem de vender planos de saúde, eu só penso que deveria haver uma conscientização de todos no sentido de haver uma necessidade de união. É muito estranho porque a gente se vê como concorrente.  É triste você ser olhado ou olhar o colega ao lado como concorrente. Nós não somos concorrentes, somos colegas de profissão. Precisamos nos unir para fortalecer e legalizar a nossa categoria. Só assim poderemos ter legitimidade para reivindicar algo.  Este é o meu recado para os amigos da minha profissão. Eu digo para todos os vendedores que amam a profissão, que vivem de vender planos de saúde, que compraram a sua casa com plano de saúde, que compraram o seu carro vendendo plano de saúde, que paga a faculdade dos seus filhos vendendo planos de saúde, eu digo para esses que nós não somos concorrentes. Nós somos colegas e precisamos no unir. Daqui há algum tempo a profissão de gestor vai desaparecer e o mercado será outro. Ainda há tempo de salvar o que restou, mas somente se houver união.

Blog do Corretor:
Muito obrigado e parabéns pela sua história de sucesso.

Alexandre Roberto:
Obrigado a você. Foi um prazer te conhecer pessoalmente, eu já te vi aí em vários eventos, mas não tinha tido a oportunidade de te conhecer pessoalmente. Você é um cara nota 10. Te acompanhei no Programa Segura Brasil, vi todas as entrevistas, vi a do Marcio Mantovani, Silvio Toni, enfim, você precisa voltar com isso aí, viu? Eu acho que você precisa levar no programa pessoas de sucesso como estava fazendo lá e como faz aqui no Blog. Tem de voltar com o programa que era fantástico (sic).

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Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

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