Queda se verifica na comparação com modelos tradicionais de remuneração por serviço, fee-for-service (FFS), que vêm pressionando os custos do sistema de saúde suplementar
Por Saúde Clara | Lúcia Guimarães
SÃO PAULO – Um estudo inédito da Saúde Clara, Um estudo inédito da Saúde Clara, divulgado recentemente, comprova que a Atenção Primária à Saúde (APS) integrada à Saúde Integrativa pode gerar uma economia média de 47% no cuidado ao idoso, sem comprometer a qualidade do atendimento. Por sua contribuição, a Saúde Clara recebeu, este mês, o Prêmio Saúde Unidas 2025, que nesta edição trouxe como tema “Cuidado centrado no idoso: equilíbrio entre tecnologia e inovação”.
Conduzido por Renata Muroya, diretora de Mercado da Saúde Clara, o estudo “Economia do Cuidado Integral: Análise de um modelo de atenção primária centrado no idoso” concentra-se em um dos principais desafios da saúde suplementar na atualidade que é manter aposentados e dependentes dentro da carteira e, ao mesmo tempo, assegurar a sustentabilidade dos negócios, contendo a escalada de custos sem comprometer o acesso e a qualidade do atendimento.
A partir da pergunta: “como incorporar tecnologias inovadoras com o cuidado centrado no idoso, sem tornar o plano impagável?”, Renata desenvolve a pesquisa com 373 idosos, que foram acompanhados por mais de três meses, comparando o investimento real em APS com Saúde Integrativa no modelo per capita, com o custo hipotético dos modelos tradicionais de remuneração por serviço, fee-for-service (FFS).
Renata destaca que “a literatura internacional defende a Atenção Primária à Saúde (APS) como estratégia para reduzir internações evitáveis e melhorar coordenação do cuidado, mas no Brasil esses modelos ainda são poucos, e investimentos em ações preventivas atingiram em 2024 o menor patamar da década”. Para ela, “sem APS estruturada, o idoso vaga num ‘shopping de especialidades’, multiplicando consultas, exames repetidos, internações com alto número de diárias e filas de pronto‑socorro”, afirma.
Os resultados obtidos pelo estudo demonstraram que o modelo APS de prática avançada com Saúde Integrativa proporciona economia média de 47% de economia entre idosos hiperutilizadores do sistema. “Esse achado demonstra a alta resolutividade da APS quando combinada a tecnologias de monitoramento e intervenções humanizadas, uma vez que procedimentos preventivos e de saúde integrativa dentro da clínica substituem a necessidade de atendimentos fragmentados no modelo FFS”, conclui Renata.







