As recentes mudanças nos parâmetros da ANS, que agora consideram diferentes perspectivas — incluindo as de operadoras e da sociedade — representam avanços, como a maior previsibilidade nos índices de reajuste. No entanto, também geram preocupações, especialmente em relação ao aumento da intervenção regulatória e seus possíveis efeitos colaterais.
Por se tratar de um tema relevante para o setor, Igor Rodrigues, da 3R4 Seguros, trouxe uma reflexão ao leitor:
Segundo ele, “as mudanças nos parâmetros da ANS foram importantes, pois passaram a incorporar insumos provenientes das manifestações de todos os impactados pelas normativas, como operadoras e sociedade.
Vemos com atenção essas mudanças. Se, por um lado, elas trazem maior previsibilidade para os índices de reajuste, por outro, criam um cenário de maior intervenção, o que pode gerar distorções.
Como exemplo, destaca-se o aumento expressivo do agrupamento de contratos coletivos de 30 para 400 pessoas, nos quais os reajustes passarão a ser iguais. As empresas desse grupo, que atualmente adotam ações para racionalizar a utilização do plano, agora perdem o incentivo para tal, uma vez que o reajuste será uniforme para todo o grupo”, conclui.