Cada vez mais sofisticada e cara, a saúde tornou-se um benefício importante que as empresas oferecem para conquistar e fidelizar seus funcionários. Tanto que os planos empresariais, especialmente aqueles direcionados para as Pequenas e Médias Empresas (PMEs), formam o segmento que mais cresce na carteira das seguradoras. Na SulAmerica, por exemplo, a carteira aumentou 37% em 2011. Para ganhar clientes e reduzir custos, as operadoras estão investindo na prevenção, especialmente de doenças crônicas, “ensinando” a cuidar da saúde antes que o mal se torne maior. Eficiência na gestão e tecnologia também são ferramentas de produtividade.
Com 26 mil doentes crônicos vinculados a seus planos, a SulAmerica lançou em 2011 um programa de controle da obesidade. “Estamos lidando com isso de maneira muito intensiva”, explica Maurício Lopes, diretor técnico e de produtos de saúde da seguradora. Segundo ele, a conta é simples: se conseguirmos impedir uma cirurgia, por exemplo, a economia se reverte em um reajuste anual menor para o paciente. “Os contratos corporativos são reajustados com base na sua sinistralidade”, explica.
Claudio Brabo, diretor comercial e de marketing da Golden Cross afirma que houve aceleração da inflação médica desde o último trimestre de 2011 e sugere que as operadoras concentrem esforços em eficiência de processo. “Encerramos 2011 com uma despesa administrativa correspondente a 10% do faturamento, taxa bastante eficiente em se tratando de uma empresa de medicina de grupo”, explica. Investir em tecnologia para chegar cada vez mais a um processo eficiente também tem sido outra estratégia da companhia.
O setor de saúde suplementar registrou alta de 12,5% em 2011 ao atingir um faturamento de R$ 89 bilhões. “O mercado ainda tem muito a crescer”, prevê Marcio Coriolano, presidente da Federação Nacional de Saúde (FenaSaúde). Segundo pesquisa realizada pelo Datafolha para o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), em 2011, o plano de saúde é o segundo bem mais desejado pela população, logo depois da casa própria.
O Seguro Saúde Bradesco, por exemplo, fechou o ano passado com crescimento de 20,9% no faturamento ao atingir R$ 8,5 bilhões com uma carteira de 3,5 milhões de vidas, o que significou uma alta ao redor de 15%. “O seguro de pequeno grupo (SPG) para micro e pequenas empresas cresceu mais de 30%”, diz Coriolano que também é presidente da Bradesco Seguro Saúde. “O que antes era prioridade de grandes empresas agora também passou a ser uma demanda das PMEs”, completa. A perspectiva é que em 2012 a receita aumente entre 12% e 15%, e o número de vidas dê um salto de mais 10%.
Por Rosangela Capozoli
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E você, corretor, conta, agora, com mais um nicho do mercado a explorar.
Padarias, Transportadoras e Auto-Escolas, estão obrigadas, por força de Lei, a oferecer plano de saúde para os seus funcionários.
Mãos à obra!
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Mas, se por um lado o produto para Pequena e Média Empresa (menina dos olhos das Operadoras/Seguradoras) crescem, por outro, tudo indica que haverá um freio. Pelo menos se depender da ANS, que, segundo apuramos, resolveu voltar os olhos para essa modalidade de plano empresarial. Segundo informações a Agência reguladora não está gostando nada de ver duas pessoas físicas acomodadas num plano de saúde na condição pessoa jurídica. Vamos aguardar.
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[E como fazemos, sempre às terças-feiras, reproduzimos aqui um fragmento do que você pode encontrar no site SaudeGeia, mantido pelo Dr. Leandro Romani de Oliveira e pela enfermeira Renata Bacalhau].
Hemofilia, o que é? Como acontece? Para que essas e outras perguntas sejam respondidas é necessário saber sobre os fatores de coagulação, então vamos conhecer mais.LEIA