Canto a Mim Mesmo

agenciaweber

agenciaweber

Eu parto que nem ar,

sacudo os cabelos brancos ao sol

que se está indo embora,

derramo em remoinhos minha carne

e deixo-a flutuando em pontas rendilhadas.

Eu me planto no chão para crescer

com a relva que eu amo:

quando vocês de novo me quiserem,

é só me procurarem

debaixo da sola de seus sapatos.

Dificilmente saberão quem sou

ou o que eu quero dizer,

mas mesmo assim eu hei de ser para vocês

boa saúde, dando ao sangue de vocês

pureza e energia.

Se logo de saída não me acharem,

mantenham a coragem:

se me perderem num lugar, procurem

achar-me noutro:

em algum ponto eu hei de estar parado

à espera de vocês.

[Walt Whitman]

Compartilhar:

Facebook
Twitter
LinkedIn
Email

Deixe um comentário

Você pode optar por ficar anônimo, usar um apelido ou se identificar. Participe! Seus comentários poderão ser importantes para outros participantes interessados no mesmo tema. Todos os comentários serão bem-vindos, mas reservamo-nos o direito de excluir eventuais mensagens com linguagem inadequada ou ofensiva, caluniosa, bem como conteúdo meramente comercial. Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

JORNALISTA

Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

Categorias

Veja Também:

Fale com o Blog!