O Mundo Pertence aos Vencedores

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Diego Hypólito exibe sua coleção de medalhas

De tudo o que foi noticiado a respeito das Olimpíadas de Londres, encerradas nesta última sexta-feira, 10, um acontecimento, em particular, chama atenção.

O desempenho (ou a falta dele) do bicampeão mundial do solo e membro ativo na seleção brasileira – Diego Hypólito.

Nascido em Santo André-SP, no dia 19 de junho de 1986, Hypólito mudou-se para o Rio de Janeiro ainda criança. Aos sete anos teve o seu primeiro contato com o esporte e desde então acumulou ao longo de sua carreira uma coleção de medalhas conquistadas com muito esforço dedicação e disciplina.

De 2002 a 2007, o bicampeão mundial brilhou em vários países, do Rio de Janeiro a Lyon, Stuttgart, Pequim, Madri, Moscou, e muitos outros.

As perfeitas apresentações do jovem campeão renderam-lhe medalhas de ouro, prata e bronze, em quantidade suficiente para formar um colar de muitas voltas além, é claro, do prestígio, da fama, e da marca de sucesso que  impingiu no seu nome, como acontece com os craques bem sucedidos.

A Sadia, empresa de alimentos, vendo em Hypólito, juventude, força e saúde, tratou de investir alguns milhões na carreira dele, tornando-o garoto propaganda da marca.

Mas, assim como os movimentos acrobáticos de Hypólito, a vida também possui seus movimentos, hora para cima, hora para baixo.

Nas Olimpíadas de Londres, entretanto, Hypólito não teve um bom desempenho. Machucado, voltou para casa sem nenhuma medalha.

E antes mesmo que os jogos fossem encerrados em Londres, a Sadia, sua patrocinadora, imediatamente substituiu Diego Hypólito, na campanha de TV, por Arthur Zanetti, medalha de ouro e revelação nas mesmas Olimpíadas que afastaram Diego.

O mais lamentável é que nem a Sadia, atual patrocinadora, e nem a Golden Cross, que outrora já bancou o ginasta, investiram na formação do talento desses campeões. Quando elas e seu dinheiro chegaram, eles já estavam prontos.

Mas Diego sabia o que queria desde sempre e nenhum obstáculo foi forte o suficiente para demovê-lo do seu ideal.

Hoje, mesmo abatido nestes jogos, Hypólito é um vencedor, pois foi no ouro que ele forjou o seu nome para ficar na história.

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JORNALISTA

Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

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