Do novo ano, 29 dias já são velhos. E já tão velhos quanto as velhas incertezas do velho ano que passou.
As operadoras, as Corretoras, os corretores, todos têm metas, todos sabem aonde querem ir. O problema agora é como ir.
A chegada do Sincoplan e a sua forma atabalhoada de se estabelecer teve o efeito de uma pedra atirada contra um vespeiro.
O mercado ainda está confuso; não sabe se vai, se fica, se fecha a porta ou se abre outra. Mas segue vendendo. E não há dúvida de que vai continuar. Diferente, mas vai.
Corre ligeira entre bocas famosas a notícia – que soa como música aos nossos ouvidos – de que a Amil estaria sendo pressionada pelo Comercial para voltar a comercializar o produto Individual/Pessoa Física.
Motivos não faltariam. Tanto pela pressão, quanto pela possível decisão: a gigante não teria alcançado os lucros que foram projetados na ocasião da milionária transação com a United Health.
É bem provável que, nos bastidores, a Amil esteja traçando uma estratégia para reestrear no mercado em grande estilo. Provavelmente, isso virá junto às águas de março.
Uma campanha na TV, um produto PF novinho em folha (certamente no sistema de coparticipação), uma meta do tamanho da operadora, muitos "pastinhas" em movimento e a consequente satisfação do mercado: muitas vendas.
Esta aparente inércia da operadora Amil não tem precedentes na sua história, pelo menos enquanto ela foi contada pelo ex-engraxate de sapatos, hoje, um magnata do mercado de planos de saúde.
Por que o mercado cobra tanto da Amil?
Porque, além de o mercado agora se sentir órfão do Dr. Edson Bueno, a Amil é a única que parece adormecida.
A Qualicorp – apesar de não se pronunciar publicamente a respeito da hecatombe que produziu o Sincoplan no mercado – continua firme com suas campanhas de incentivo à vendas; está, inclusive, criando condições super especiais para a Corretora que fechar os olhos para os concorrentes e focar nela. Somente nela.
A Unifocus segue firme, vendendo os produtos adesão da Amil e se estabelecendo Brasil afora.
A Unimed Paulistana, não só mantém o produto Pessoa Física (PF), como não tem nenhuma intenção de declinar de sua comercialização. E ainda alegra o mercado por estar em acelerado processo de recuperação, após as eficientes medidas que foram tomadas a partir do seu processo de reestruturação. Foi o que garantiu ao Blog, uma autoridade da Cooperativa.
Sim, apesar das incertezas do mercado, é possível vislumbrar um futuro promissor.
Em conversa com o Blog esta semana, um figurão do mercado também demonstra insegurança, mas, por outro lado, antevê um futuro melhor.
Devemos concordar com ele. Afinal, como sabemos por experiência própria, "depois da tempestade vem a bonança".
Estamos aguardando a bonança.
Só não pode ser em silêncio e nem de braços cruzados.