Protesto de médicos, dentistas e fisioterapeutas
Idéia das categorias é responder adequadamente às demandas de todos os pacientes
O Estado de São Paulo terá um grande protesto contra os planos e seguros saúde em 7 de abril. Pela primeira vez, três categorias profissionais estarão unidas para reivindicar o acesso pleno à assistência para os pacientes e a valorização do trabalho dos prestadores de serviço. Fisioterapeutas e cirurgiões-dentistas cerrarão fileira com a classe médica, que suspenderá o atendimento eletivo por 24 h.
Desde já, os médicos estão antecipando os atendimentos de suas agendas para suspender a prestação de serviços aos planos de saúde no dia 7, quando será realizada somente a assistência em urgência e emergência.
Pacientes
A ideia da classe é responder adequadamente às demandas de todos os pacientes, que, aliás, são tão vitimas de operadoras quanto os próprios profissionais de medicina.
Na sexta-feira, anterior ao protesto, dia 4 de abril, será realizada uma coletiva à imprensa na Associação Paulista de Medicina (APM), na Avenida Brigadeiro Luis Antonio, 278), para comunicar detalhes de como será a suspensão do atendimento por todo o estado.
Em uma ação de cidadania, os médicos aproveitarão a suspensão do atendimento e promoverão uma campanha de doação sangue. Um posto de coleta funcionará das 9 às 12h na sede da APM para receber sangue. Fisioterapeutas e dentistas também participarão da iniciativa, que, aliás, é extensiva à toda a comunidade.
O protesto é explicado pelo presidente da APM, Florisval Meinão:
"Durante o ano todo há planos de saúde tirando o sangue dos médicos e metendo a faca nos pacientes. Desta vez, doaremos nosso sangue por uma boa causa: para os nossos pacientes que são vítimas de toda sorte de abusos e negativas de cobertura de algumas operadoras".
Segundo o ex-presidente e atual conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Renato Azevedo Júnior, 2014 é o ano em que os médicos deixarão bem claro que não admitem ataques aos pacientes e nem a eles próprios. Periodicamente, haverá manifestações em defesa da plena assistência na saúde suplementar a na rede pública, o SUS.
"Outra pauta do 7 de abril é por mais investimentos no Sistema Único de Saúde. É absurdo um país do porte do Brasil ser um dos lanterninhas em destinação de recursos à saúde na América Latina".
Munitormercantil