Por Gabriel Vasconcelos | Do Valor
Nos últimos 18 anos, a taxa de reajuste acumulada dos planos de saúde foi de 382%, superando em muito a inflação registrada pelo IPCA, de 208%, e mesmo a do setor de saúde, 180%, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), crítico da atuação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na definição dos reajustes dos planos.
Para um dos autores do estudo, Carlos Ocké-Reis, a discrepância entre aumento dos planos e a inflação se deve à falta de regulação dos planos empresariais, que têm preços livres. A Federação Nacional de Saúde Suplementar contestou o estudo, citando levantamento que aponta variação do Custo Médico-Hospitalar 3,4 vezes maior que a inflação.
Nota do Blog
Descompasso
Enquanto isso, seguem sem nenhum controle os reajustes dos procedimentos médicos hospitalares. A grande imprensa mira os planos de saúde, mas não questiona a (justa ou injusta) inflação médica que deveria ser objeto de debate público. Este é outro imbróglio que, até agora, nenhum dos chamados "especialistas", conseguiu solucionar.