Empresas do setor de saúde e seguros também podem se unir a esta causa que visa ajudar população vulnerável durante a pandemia
Por Thais Ruco
Isolados muito antes da pandemia, moradores ribeirinhos na região do Pantanal agora vivem uma espécie de isolamento social cheio de incertezas. Para eles, as coisas estão mais difíceis com a falta de assistência e a enchente que se aproxima. Por isso, a campanha Comitiva Esperança leva cestas básicas a essas pessoas sem situação de vulnerabilidade.
A Acoplan (Associação das Corretoras de Planos de Saúde e Odonto) e o Sindiplanos (Sindicato das Empresas de Comercialização e Distribuição de Planos de Saúde e Odonto) aderiram à causa e estão arrecadando cestas básicas com corretoras e operadoras parceiras.
“Percebemos a seriedade do projeto e a necessidade dessas famílias, neste momento não podemos dar literalmente as mãos, mas podemos fortalecer nosso papel social e fazer a diferença para nossos irmãos mais necessitados”, afirma Rosa Antunes, presidente da Acoplan. “Ficamos muito sensibilizados e queremos contribuir com a sobrevivência e saúde desses nossos irmãos”, completa Silvio Toni, presidente do Sindiplanos.
Mais de 500 cestas básicas já foram entregues pelo projeto Comitiva Esperança, que tem nome inspirado na música de Almir Sater, nasceu de uma conversa entre amigos e agora se consolidou como projeto social de várias instituições regionais e até nacionais, com objetivo alcançar as populações vulneráveis do interior do Cerrado e do Pantanal.
“Vimos que várias comunidades que não estão sendo assistidas, não têm acesso à informação e vivem numa situação crítica”, explica a empresária Beatriz Branco, dona da Angí Chocolates e uma das criadoras da iniciativa.
A enchente que se aproxima nessas regiões faz com que as pessoas fiquem mais isoladas. Algumas famílias não têm motor de barco. Se alguém precisa ir na cidade tem que subir o rio remando. Em condições normais já é difícil, imagine com o rio enchendo, com a correnteza forte. Segundo os voluntários, o desabafo de ribeirinhos é que a situação é desesperadora e o auxílio emergencial do Governo foi negado para muitos.
Além da preocupação com a comida, faltam também produtos de limpeza, de higiene pessoal e informações de combate ao vírus. “Máscaras e kits de higiene pessoal não estão sendo doados pelas políticas assistenciais, isso é algo que vai ser muito importante na medida que o turismo em breve deve retornar as atividades e eles vão ter contato muito direto com pessoas vindas de lugares de onde já foi decretado o lockdown”, diz o diretor presidente da ONG Ecologia e Ação, André Siqueira, que também é voluntário no projeto.
A preocupação se multiplica quando, através de uma pesquisa rápida na região, é possível notar o grande número de hipertensos e diabéticos em meio a essas populações. Por isso, a Comitiva Esperança tem como estratégia estar em contato direto com essas comunidades para identificar quais são as principais carências e contribuir. Além da arrecadação de fundos através do site oficial, a campanha também busca parceria com marcas interessadas em ajudar.
Além da Acoplan, Angí Chocolates, Ecoa, Ipedi, Natura, Vale do Rio Doce, outras marcas já embarcaram nesse Comitiva. Mantendo o trabalho de entrega de cestas básicas caprichadas em produtos de limpeza e higiene pessoal, o próximo desafio é o de construir e distribuir um material informativo para diferentes plataformas (foco principal: rádio e folders) que possa contribuir no combate à propagação do vírus.
Você também pode ajudar na campanha fazendo uma doação, sendo voluntário e compartilhando a iniciativa nas redes sociais. Qualquer ajuda é bem-vinda!
Mais informações no site da Comitiva Esperança, no Instagram @comitiva.esperanca ou Facebook facebook.com/movimentocomitivaesperanca/.