Amil e o que está por vir

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Há outras, como a Golden Cross, por exemplo, mas foi a Amil mesmo que ficou conhecida, entre as demais Operadoras, como aquela que mais próxima esteve do corretor de planos de saúde.

Havia um salão na Paulista, várias equipes com supervisores treinados, diversos produtos para comercializar e um exército de vendedores que não arredava o pé do salão antes da palestra do dia e do café da manhã servido por aquela a quem todos deviam o que possuíam. “Tudo o que tenho, devo a Amil!”, quem nunca ouviu essa exclamação de um corretor ou supervisor da Amil?

O fundador da Operadora que teve origem na Casa de Saúde São José, Duque de Caixias (RJ), o médico Edson Bueno, sentava-se à mesa com os seus queridos “alunos”, hoje, donos(as) de Corretoras ou executivos(as) do mercado: Elza Papaiano, Marcos Buzzo, Vera Bejato, Rosa Antunes, Adriana Souza, Sílvio Toni, Marcelo Reina, Janete, Anselmo Martins, Fernande Félix, Norberto Birman, Newton Antão, o octogenário Sr. Alcides e tantos outros(!)

Mas falar desse melancólico passado é tão redundante quanto piegas, se não for conduzido com maturidade e sem a cegueira das paixões exacerbadas.

Isto posto, voltemos para o presente, para a Amil de hoje.

A Amil pós-Lottenberg.

Esta Amil que está tendo dificuldade de ser aceita pelos seus antigos “seguidores”. Os mesmos que tanto a endeusaram, que tantas graças lhe renderam.

É inegável o esforço que a Amil vem fazendo para se (re)aproximar do corretor, mas, até aqui, no que pese a competência e experiência de sua diretoria comercial, ainda não surtiu efeito.

O corretor se diz traído, desprezado, preterido, subjugado…

Um rosário de queixas.

Mas é importante que encaremos a realidade com a maturidade que somente a experiência nos impõe.

O mundo mudou.

O mercado de planos de saúde mudou e continuará mudando.

Se hoje o corretor de planos de saúde não está devidamente regulamentado, todos – Operadoras, Corretoras, Administradoras e vendedores – carregam a sua parcela de responsabilidade (ou até mesmo de culpa).

Todavia, o momento não é de apontar culpados, mas de fazer – quem sabe(!) – exatamente o que a Amil está fazendo; por mais que desagrade a muitos.

“Demoram demais a liberar as propostas, assim fica difícil”, reclamou um corretor em contato com o Blog.

Não há forma mais justa de analisar um caso do que aquela em que o analista se coloca no lugar do analisado. Não é nossa intenção fazer juízo de valor e tampouco tomar partido. Trata-se aqui de um convite à reflexão.

O mercado de planos de saúde, apesar de todos os apelos, ainda abriga fraudadores. E fazer a coisa certa dá trabalho(!)

Há Corretoras – das grandes inclusive – que são alertadas da presença de “malfeitores” em sua equipe, mas os dirigentes dessas Corretoras, por não conter o tamanho dos olhos, dão de ombros e apostam na sorte. Deles, pois o prejuízo provocado pelas fraudes vai para conta da Operadora, da Administradora e, por consequência, inflaciona o boleto do cliente.

Pode continuar essa situação?

Algumas Companhias, sobretudo uma grande Seguradora, chegou à conclusão de que não dá mais. Cansada de brigar por ética, a Seguradora devolve sumariamente toda e qualquer proposta suspeita de fraudes.

A Amil, enfim, decidiu contribuir com a moralização do setor e sua decisão implica, inevitavelmente, em desfazer a zona de conforto em que repousava o mercado.

Uma casa não pode ser arrumada e limpa sem que se retire os móveis do lugar.

Por isso, a impressão de que tudo está caótico.

Enquanto se prepara para entrar em campo, a Amil promove algumas ações com as quais pretende impactar o mercado e conquistar seus parceiros. Antigos e novos.

Primeiro – promoveu uma Dança das Cadeiras na Equipe Comercial, renovando todo o quadro de gestores;

Segundo –  acertadamente, preservou o seu Diretor Comercial, Fernande Félix, conhecido pela sua habilidade e competência inquestionáveis;

Terceiro – vem costurando discretamente nos bastidores uma nova relação com o canal de vendas, focada na seletividade;

Quarto – designou recentemente Luciana Rampazo para reforçar a equipe de vendas do segmento massificado de São Paulo, em apoio à diretoria liderada pelo “meu Rei”, como é popularmente conhecido o seu carismático Diretor Comercial;

Quinto – estrategicamente, Félix está criando um espectro em torno de uma campanha de incentivo com a qual pretende "fazer o coração do corretor vibrar".

Levando em conta o poder de fogo e a experiência do departamento comercial da Amil, vem aí uma nova relação comercial da Operadora com o Canal Corretor.

Haverá ranger de dentes, mas o tempo e o vento levarão para outras paragens todos aqueles que não se adaptarem aos novos tempos.

Desejamos que, no bojo dessa reestrururação da Amil, esteja também a disposição de dialogar com o mercado publicamente, quando este se sentir carente de informações. Afinal, a Amil tem o direito de vir a público e dizer que vai vender seus produtos desta ou daquela forma.

Se a informação doer em alguém, será uma única dor, como diria Maquiavel em “O Príncipe”.

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JORNALISTA

Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

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