Decisão enfraquece conceito cooperativista
.Na sexta-feira, 27, a Federação das Unimeds do Estado de São Paulo (Fesp) realizou assembeia geral com o objetivo de mudar importantes pontos do seu estatuto. Entre eles, dois afetam diretamente a vida de todas as singulares do Estado de São Paulo, em particular da Unimed Paulistana.
A Federação aprovou em seu estatuto a possibilidade de ela criar uma rede paralela às que já existem nas Unimeds do Estado.
A Fesp já vinha tomando essa iniciativa, a despeito de contrariar o regramento pré-existente, que garantia às singulares a criação da rede.
O que faz a Federação, assim, é homologar a ação em áreas de atuação das singulares, indo na contramão das regras vigentes até o momento no sistema Unimed.
Um segundo ponto aprovado aumenta o poder do Conselho de Administração, em detrimento do Conselho Presidencial e da Câmara Arbitral da Unimed Brasil. Desta forma, cooperativas de segundo grau terão mais poder decisório do que as de primeiro grau.
Sabemos que no sistema há singulares de menor porte e, portanto, mais dependentes da estrutura estadual, o que pode ocasionar um desvirtuamento do interesse coletivo.
A Unimed Paulistana votou contra a aprovação dessas mudanças tendo, previamente, solicitado que antes de serem postas em votação em AGE (Assembleia Geral Extraordinária), que tais medidas fossem amplamente debatidas com a participação dos cooperados do Sistema Unimed, porém este pleito não foi atendido pela Fesp.
Estiveram presentes na assembleia, representando a Unimed Paulistana, além do presidente Dr. Paulo Leme, o diretor financeiro, Dr. Valdemir Silva, os membros do Conselho Técnico, Drs. Paulo David e Angelo Di Fraia, os conselheiros fiscais Drs. Angelo Vattimo e José Francisco Toledo e Dr. Francisco Lima, do Conselho de Administração.