Barrados no Baile

agenciaweber

agenciaweber

Nesta quarta-feira (08), o Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo – SINCOR, conforme aqui divulgado com antecedência, promoveu um “Encontro Explicativo” no auditório de sua sede, durante o qual um advogado, representante da agremiação, tentou esclarecer aos seus associados, questões relativas às suas atribuições, após as sucessivas investidas do Sincoplan que, segundo o Sincor, tem entrado em contato com as Corretoras de Seguros, pretendendo, entre outros motivos, o objetivo de representar seus empregados”.

Num momento em que a nossa Constituição está ferida de morte, atingida pela lâmina afiada de um Golpe Parlamentar – promovido por uma súcia, apoiada pelas oligarquias, conforme assistimos ruborizados durante o vergonhoso espetáculo do dia 17 de abril -, em nome de Deus, do diabo, da maçonaria, da concubina, da família e sabe-se lá de quem mais, parece que as instituições também passam por uma crise de identidade.

Imbuídos da árdua missão de informar e de esclarecer de forma mais imparcial possível os nossos leitores, que são também os associados do Sincor, comparecemos ao tal “Encontro”, a fim de registrar o evento com o objetivo de esclarecer a posição do Sincor àqueles que não puderam ou não quiseram do evento participar.

Respaldados pela nossa (ferida) Constituição, que, em tese, nos permite ampla Liberdade de Imprensa, acreditamos que seríamos recebidos com o devido respeito a esse sagrado direito, mesmo conscientes de que, essa mesma imprensa também tem suas limitações e, portanto, deve respeitar o direito daqueles que limitam a sua participação.

Isto posto, lamentamos informar àqueles que aguardavam esta matéria, que a nossa recepção no Sincor foi vergonhosa.

Na entrada do auditório, cuja porta econtrava-se aberta, fomos recebidos por uma simpática funcionária que nos orientou a assinar a lista de inscritos. Ao ser informada que estávamos ali como imprensa, a jovem solicitou educadamente que aguardássemos em outra sala, pois logo seríamos atendidos por alguém.

A perturbada demora em nos atender, deu-nos a impressão de que esse “alguém”, após avisado da nossa presença, estaria consultando um terceiro “alguém”, para saber se deveria autorizar a nossa participação no explicativo “Encontro”.

Fratricídio

Finalmente, surgiu um funcionário tentando, em vão, explicar o motivo pelo qual o Blog do Corretor não poderia participar de um evento promovido para esclarecer pontos ainda obscuros na guerra de poder entre dois sindicatos que, assim como o País, passam por uma crise de identidade.

“O Sincoplan entrou com uma liminar tentando impedir a realização desse evento”, revelou-nos o nosso interlocutor, tentando com isso justificar o impedimento da nossa participação. Nós, por outro lado, lembramos que, fontes colaboradoras do Blog, estavam participando do evento e que poderiam repassar as informações. “Tudo bem”, retrucou o nosso interlocutor.

Seria, indubitavelmente, uma decisão mais inteligente, se a assessoria de imprensa do Sincor tivesse nos recebido e, mesmo com explicações esdrúxulas, nos convencido a não participar, porém estabelecendo uma parceria a fim de produzir um material que viesse atender aos interesses da categoria e da própria agremiação.

Sindicatos, sejam eles Laborais ou Patronais, apesar do importante papel que desempenham nas democracias, parecem padecer de um certo preconceito. Basta ouvir a opinião dos corretores.

Se por um lado o Sincoplan, que já nasceu velho, sofre de complexo de rejeição e ameaça com processos quem o olha com cara feia – e que talvez por isso ainda não decolou – o Sincor, por outro lado, parece estar condenado a promover regabofes. Basta verificar a altíssima taxa de desfiliação que vem ocorrendo no momento em razão de sua inépcia (veja aqui). Sobretudo agora, com a atuação de seu concorrente que disputa associados.

Nada de novo foi apresentado no tal “Encontro” e o baixíssimo quórum revelou a falta de interesse dos associados.

A pergunta que não quer calar foi feita ao advogado: “O Sincor representa as Corretoras de planos de saúde”? Diante da negativa, ficou a impressão de que a reunião do Sincor foi para "chover no molhado", revelando assim um aparente temor de um acelerado processo de desfiliação e consequente enfraquecimento de sua força política que, na prática, não estaria resultando em reais benefícios aos corretores.

Estamos todos precisando mesmo de nos reinventar, sob pena de não saber mais quem somos, já que hoje nem sabemos quem nos governa. Se uma mulher, um homem ou uma quadrilha, cujo chefe – a um passo da prisão – fala em nome de Deus.

Um escárnio(!)

Compartilhar:

Facebook
Twitter
LinkedIn
Email

Deixe um comentário

Você pode optar por ficar anônimo, usar um apelido ou se identificar. Participe! Seus comentários poderão ser importantes para outros participantes interessados no mesmo tema. Todos os comentários serão bem-vindos, mas reservamo-nos o direito de excluir eventuais mensagens com linguagem inadequada ou ofensiva, caluniosa, bem como conteúdo meramente comercial. Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

JORNALISTA

Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

Categorias

Veja Também:

Fale com o Blog!