Não participei da fundação do Sindicato das Corretoras de Planos de Saúde e Odontológico do Estado de São Paulo (Sindiplanos) – e nem deveria –, mas posso garantir que fui testemunha de sua criação, e das batalhas que foram travadas para vencer os trâmites burocráticos e finalmente legalizar uma agremiação que chegava para preencher um fosso que separava as corretoras de seus funcionários.
Além – é claro – de se estabelecer como um instrumento legal para enfrentar aventureiros no mercado, com maliciosas intenções, disfarçados de entidade de classe.
Morno, sem muito protagonismo no Canal de Vendas, o Sindiplanos vem se esforçando para mostrar a que veio, após a pandemia do Covid-19 que o manteve inanimado por um período.
A Acoplan – Associação das Corretoras de Planos de Saúde do Estado de São Paulo, protagonista de importantes eventos que uniam os concorrentes em grandes almoços no final de cada ano, foi absorvida pelo sindicato que agora tenta mostrar sua cara.
No universo acelerado dos negócios onde cada minuto conta, e as oportunidades se apresentam como verdadeiros desafios a serem conquistados, a retomada de eventos em que os barões do mercado se encontram com a “bola no chão”, é sempre um momento marcante.
No último dia 20 de junho (terça-feira), o Sindiplanos testou sua força, ao promover o primeiro evento desde a sua fundação.
Organizado pela Freela, o Café de Negócios reuniu cerca de 200 participantes e reforçou sua posição de liderança e compromisso com os profissionais do setor.
Em uma brevíssima apresentação de boas-vindas, Silvio Toni, presidente do Sindiplanos, agradeceu a presença de todos destacando com ênfase a importância do Canal de Vendas e a relevância das corretoras e de seus respectivos proprietários.
Em seguida, Silvio deu lugar aos palestrantes convidados, que trouxeram consigo a experiência e o conhecimento do setor.
Marcos Novais, presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde – ABRAMGE, abriu a rodada de palestras destacando a necessidade de o Estado utilizar a influência de pessoas famosas para divulgar a importância do plano de saúde. “É necessário mudar a percepção dos brasileiros sobre o plano de saúde. O setor precisa investir neste que é um dos principais pontos”, destacou.
José Cechin, ex-ministro da saúde e atual superintendente do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar – IESS, deu destaque aos resultados negativos das operadoras e enfatizou a questão dos preços de alguns medicamentos pagos pelo SUS e cobrados aos planos de saúde quase dois anos depois. E o pior, reajustados. Cechim também destacou a importância da comunicação no setor. “Esse é o grande desafio que os planos de saúde precisam encampar. Todos que atuam no setor precisam ter o papel informativo”, disse.
José Luiz, diretor comercial do NDI foi o último palestrante da manhã. Entre outros importantes temas, o diretor comercial, sempre amparado por gráficos, destacou o modelo de credenciamento verticalizado como estratégia do Grupo Hapvida para garantir um controle maior dos reajustes
Felizmente, as palestras não foram do tipo que fazem o espectador bocejar.
Concluídas, Silvio Toni foi convidado ao palco para novamente agradecer a presença de todos. Não sem antes dar o seu pitaco. “Cada vez mais incluem procedimentos não médicos dentro das coberturas dos planos de saúde. Por um lado isso é bom porque gera negócios para nós. Mas e a conta? Quem paga?
O Café de Negócios promovido pelo Sindiplanos terminou como começou: com uma interrogação.
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