São José e o Menino Santo
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Assim como este blogueiro, poucos devem saber, mas hoje, 1º de Maio, no calendário litúrgico, celebra-se a memória de São José Operário – padroeiro dos trabalhadores.
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Pena que São José Operário não pode nos poupar de ver a triste imagem de Aécio Neves (PSDB-MG) abraçado com Paulinho da Força (PDT-SP), ambos trepados num palanque armado para promover mais um triste e patético espetáculo de uma Central Sindical a serviço da politicagem, do peleguismo, das falcatruas.
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Não por acaso, Paulinho da Força – que já foi acusado [e condenado] pela Justiça Federal, por improbidade administrativa e irregularidades no uso de dinheiro público do Programa Banco da Terra, segundo matéria do jornal O Estado de São Paulo – é sempre contemplado com um ministério, seja qual for o governo.
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Tão logo vai se desenhando o cenário da próxima disputa eleitoral, o pelego Paulinho vai mudando de lado rapidamente, conforme suas conveniências.
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Hoje, está com os seus tentáculos envolvendo Aécio Neves, o candidato da mídia, enquanto se mantém ainda agarrado ao poder no governo Dilma. Só para garantir. Vai que…
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Se o neto de Tancredo ganhar [o que é improvável], Paulinho estará seguro. Sua trupe ganhará um ministério. Provavelmente o mesmo. E ele seguirá influente! E impune! Se Aécio perder… bem, nesse caso ele volta para os braços da Dilma. Ou do Lula. Ou do capeta, não importa.
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Esta é a postura do oportunista. E dele, nem São José Operário nos livra.
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Mas, pelo menos, não custa elevar o pensamento para o Santo e pedir ajuda celestial para um problema que, apesar de tão longe, está, na verdade, tão perto de cada um de nós: o comissionamento.
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Paulinho, o candidato pelego e Aécio Neves, o candidato da mídia
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Hoje, no mercado de planos de saúde, os holofotes estão direcionados para o processo da comissão do corretor. E por incrível que pareça a questão não é quanto, mas como ela deve ser paga.
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Fontes, em contato com o Blog neste 1º de Maio, garantem que, a partir de amanhã, quinta-feira (02), importantes Corretoras do Centro-SP, exigirão do corretor emissão de Nota Fiscal, no ato da entrega de uma proposta comercializada.
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Para emitir uma NF, no entanto, o corretor, necessariamente, deverá ter uma empresa constituída, ou estar cadastrado no MEI – Micro Empresário Individual.
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Esta medida, que parece ainda não ser a ideal, é sobretudo mais uma tentativa das Corretoras, de encontrar uma equação para este problema que vem desafiando a contabilidade das empresas, agora, sujeitas ao corrosivo processo da bitributação. A Unimed Paulistana já passou por isso, lá atrás.
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Ora, se o corretor emitir uma Nota Fiscal para a Corretora, referente ao valor da primeira parcela oriunda da comercialização de um plano de saúde, ela [a Corretora] não terá de emitir outra Nota, referente a esta mesma comissão, para a Operadora? E esta, por sua vez, não terá de contabilizar este valor, mesmo sem ser receita?
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Confuso? Você não viu nada.
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Em nossa opinião, o ideal seria o corretor emitir a Nota Fiscal diretamente para a Operadora. Assim, as Corretoras ficariam menos sobrecarregadas, livraria o mercado da bitributação e às Corretoras caberia a função primordial que é a de fomentar vendas.
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Para que isto aconteça, não podemos contar com São José dos Operários, mas com a boa vontade da Amil, por quem o mercado espera ansioso pela aprovação do projeto apresentado pela Acoplan, no qual uma terceira via foi alternativa a um modelo que não mais se sustenta.
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Estamos aguardando, Amil!
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Aos corretores e às corretoras de planos de saúde, desejamos Felizes Dias de Muito Trabalho!