Uma formiguinha desavisada circulava livremente na pia de meu lavabo, enquanto eu a observava pensando na forma como o inseto da família Formicidae deveria ser eliminado.
Institivamente, um sentimento movido pelo poder, pela liberdade, e pela crueldade, empurrou-me as mãos em direção à torneira, enquanto observava a pobre formiguinha agonizando, tentando se salvar daquilo que, para ela, guardadas as devidas proporções, parecia o efeito de um buraco negro.
Enquanto a pia enchia de água, um redemoinho se formou e a formiguinha, mesmo tentando resistir, começou a girar até que, vencida pela força da água, foi tragada para as profundezas da rede de esgoto. E sucumbiu.
E eu – como um deus mitológico – nada fiz para impedir seu triste fim.
Pode até não parecer importante, mas, observando o evento da formiguinha com um olhar mais sensível, é possível estabelecer um paralelo com a nossa vida, com as encruzilhadas que eventualmente se materializam à nossa frente; obrigando-nos a decidir.
E decidir, tendo o elemento “razão” como energia propulsora dessa ação, não é nada fácil. São as nossas decisões as responsáveis pelos nossos troféus acumulados (ou não) ao longo do nosso caminho.
Coincidentemente, na última matéria do ano de 2017, tratamos do troféu conferido aos parceiros da BrazilHealth e, em particular, a este Blog, que, como os demais, foi reconhecido pelos “desafios superados durante o ano”.
Curiosamente, a partir do dia seguinte à publicação daquela matéria, tivemos de superar mais um grande desafio; e ele veio misturado à escuridão da noite.
Enquanto viajávamos em um Cruzeiro, a convite da Sea Route Corretora, na calada da noite, sorrateiramente, aquilo que muitos chamam de “mal” entrou em nosso equipamento e – de forma criminosa trocou nossas senhas, apagou nossos e-mails, derrubou o site blogdocorretor e, ainda na escuridão, retornou para a sua oficina do crime.
Só mesmo a ação de um Fora da Lei poderia justificar a ausência de matérias diárias neste BdC, desde o dia 15 do mês que fechou o ano de 2017, quando nos recusamos a remover uma matéria que tratou da comercialização de leads, sugerida por um corretor que se disse vítima.
Não há como negar o enorme trabalho que tivemos, além de eventuais prejuízos, é claro. Mas é exatamente neste momento que a vida nos coloca diante de mais uma encruzilhada.
O que fazer?
Investir contra o Fora da Lei e castigá-lo com os rigores da Lei?
Ou entregá-lo à “Lei da causa e efeito”?
As manifestações dos nosso amigos e leitores, diante da incompreensível paralização do Blog, serviu como um termômetro capaz de mensurar a importância do Portal para o mercado. “Estou sentindo falta das matérias do Blog”, disse Silvio Toni por e-mail. Rafael Melo, também por e-mail, indagou: “O que houve com o Blog do Corretor, que até a presente não postou nada? Acompanho todos os dias e sinto falta das notícias. Espero rever a ativa deste Blog em breve”. (sic). “Problemas por causa da fama”, esta foi a definição de Soraya Garson, do marketing da Ameplan. Inúmeros foram os contatos de nossos leitores, através de diversos canais de comunicação.
Após retornar de uma viagem com a equipe campeã da Public Broker ao Rio de Janeiro, viajamos em um Cruzeiro com os campeões da Sea Route, quando tudo aconteceu; deixamos de publicar o último artigo do ano, escrito pelo advogado do Blog; fomos privados de publicar entrevistas como a coletiva de fim de ano com o presidente do GNDI, etc.
Mas, reafirmamos aqui o nosso lema: “todo mal é um bem em gestação”.
Sofremos, mas superamos, como bem destacou o troféu da BrazilHealth: "A cada vitória alcançada ou obstáculo superado, sua lembrança estará sempre presente". Nossos leitores nos aguardam ansiosos e curiosos. As notícias pululam no mercado e na mente de nossas fontes, prontas para serem repassadas ao Blog com a discrição e a confiança de sempre.
E o “Fora da Lei”?
Alguém do mercado de planos de saúde confiará ao “Fora da Lei” o seu departamento de TI?
Muito improvável!
Sobretudo agora que o mercado está sob alerta.
Enquanto isso, um redemoinho invisível se forma, sugando suas vítimas atraídas pela energia com a qual há afinidade.
E, como no caso da formiguinha, nada podemos fazer, a não ser observar.
Afinal, só recebemos da vida exatamente aquilo que merecemos!
