Nesta quarta-feira, 31, foi apresentado a um grupo de profissionais convidados, reunidos na Casa de Portugal, das 09h às 12h, a Universal Saúde.
A operadora, cujos planos são direcionados à classe média baixa e emergente, surgida após a política econômica dos governos Lula e Dilma, para quem os conservadores de plantão torcem o nariz, promete um universo de possibilidades.
Operando no mercado desde 1969, a atual rede credenciada do Universal Saúde, que, segundo consta, nada tem a ver com a Universal de Edir Macedo, compila uma rede de hospitais simples, com cinco Centros Clínicos próprios e 1.600 Serviços Credenciados, com a presença de muitos santos. Entre eles, [o Hospital] Santo Expedito – o Santo das causas impossíveis. Emblemática, a presença desse Santo na rede credenciada de todos os planos de saúde(!).
A promessa da Universal, empresa de origem estrangeira, que já acumula uma carteira de dois milhões de clientes e que pretende adquirir qualquer plano que esteja em decadência, é a mesma de todas: “disponibilizar serviços médicos e hospitalares de qualidade, inovação tecnológica, atendimento humanizado e preço justo”.
No rodapé do material de apresentação da Universal, entretanto, um detalhe faz da operadora uma empresa comum: “Importante: A rede credenciada está sujeita a alterações a qualquer momento”.
Este é o Calcanhar de Aquiles das operadoras e, principalmente, dos clientes.
É preciso que se estabeleça, urgentemente, uma nova política de relacionamento entre as operadoras e os hospitais credenciados, sob pena de o mercado ficar refém de liminares na justiça.
Nem as operadoras suportam a imposição de preços abusivos desses hospitais, tampouco os clientes dos planos de saúde devem ser surpreendidos com o descredenciamento abrupto de um hospital ou de um laboratório da rede credenciada.
Seja como for, ensejamos os nossos votos de êxito à Universal Saúde e que ela preencha essa carência que grita.
No bolso dos “emergentes” e no coração dos pacientes.