Aqueles que acompanham este escriba, e não são poucos, sabem que sou um defensor contumaz dos menos favorecidos, mesmo sem ter o poder de aliviar suas necessidades.
Uma delas, por exemplo, é a de uma família brasileira poder realizar o seu 3º maior desejo de consumo, ou seja, ter um plano de saúde. (Em primeiro lugar educação, seguido pelo desejo da casa própria, de acordo com pesquisa Ibope Inteligência).
Com os reajustes aplicados pelas operadoras, este terceiro desejo das famílias brasileiras parece ficar cada vez mais distante de seus planos.
Não é justo, entretanto, que culpemos as operadoras, seguradoras, administradoras. Estas, que não são entidades filantrópicas, precisam prestar contas de suas receitas e despesas e ainda conviver com a fraude.
E o descompasso entre o que determina a Carta Magna em seu Art. 196, “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”, e a assistência médica privada que deveria ser suplementar, obriga as empresas a reajustarem seus preços com um percentual – aparentemente – injusto.
E eles – os reajustes – chegaram tão pesados quanto necessários.
“A NotreDame tentou ser boazinha com o meu cliente, cujo contrato teve 60% de sinistralidade, ameaçou dar 28,76%, mas deixou por 18,43%, disse um corretor a este Blog.
Vamos à tabela:
Amil: 23,04%
Ativia: 14,51%
Bradesco: 23,19%
NotreDame: 21,94%
CarePlus: 23,28%
Porto: 24,90%
Unimed Seguros: 16,70%
SulAmérica: 24,09%
Golden Cross: 27,15%
Omint: 19,69%
São Cristóvão: 12,90%
Trasmontano: 15,50%
Unimed Nacional: 23%
Ameplan: 16%
Aí estão os números que assustam o consumidor, inflacionam o mercado e sobrecarregam o SUS. A política precisa encontrar um meio de trazer os planos de saúde de volta à condição de saúde suplementar.
O acesso universal deverá ficar com o extraordinário e necessário Sistema Único de Saúde – SUS.
Caso contrário, o que será desse mercado?
2 comentários em “Resumão do “reajustão””
Boa tarde,
Alguns percentuais estão incorretos, por exemplo:
Bradesco, na materia está 24,16% e na verdade é 23,19%…
Outras que estão erradas: Amil (23,4%), Sulamerica (24,9)
Muito obrigado, pela observação e por corrigir os números que, na verdade, foram extraídos de um comunicado divulgado por uma grande plataforma do Canal de Vendas. Confiamos em sua boa vontade e corrigimos.
Um forte abraço,
Moderador