Por Givanildo Albuquerque
Perdoe-me, não estou interessado em sua posição política. Eu só queria chamar a sua atenção para o assunto que iremos discutir esta semana. Já que entrou aqui, aproveite. Tenho dicas poderosas para te passar sobre:
Reputação on-line: O que as pessoas estão dizendo sobre você?
Você é daqueles que gosta de inflamar na internet? Que adora provocar a torcida dos times adversários? Ou criticar de forma apaixonada o político A, B ou C? Você ama postar vídeos de violência? É daqueles que quanto mais sangue melhor? Adora propagar material polêmico? E quando saiu daquela empresa que trabalhou 27 anos, fez questão de ir ao Facebook e “detonar” geral?
Você sabia que, de acordo com a BrightLocal , "85% dos consumidores confiam nas avaliações on-line e nas recomendações pessoais"?
Além disso, "49% dos consumidores precisam de pelo menos uma classificação de quatro estrelas antes de optarem por usar um negócio".
Também, 90% dos consumidores usaram a Internet para encontrar uma empresa local no último ano, com 33% procurando todos os dias
Na Internet posso falar qualquer coisa que eu quiser?
O artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos estabelece que:
“Todo mundo tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade de manter opiniões sem interferência e de buscar, receber e transmitir informações e ideias através de qualquer mídia e independentemente de fronteiras.”
Porém, em I Coríntios 10:23, Paulo de Tarso disse: “Tudo posso, mas nem tudo me convém…”
Desculpa estar lançando um monte de informações. Mas o meu objetivo aqui é fazer você refletir sobre a lei da causa e efeito, ou seja, para evitar o imprevisível que ninguém quer, é essencial que você pense em tudo que está fazendo de forma estratégica.
Por exemplo: por mais tentador que seja estacionar o carro numa vaga para idosos, num sábado à noite, onde tudo está completamente vazio, não faça! Imagine que alguém pode estar filmando a sua atitude que, por mais inocente, pode causar uma grande dor de cabeça nas redes sociais. Entendeu?
Levante a mão aquele que conheceu uma pessoa e não correu para as redes sociais para dar uma "stalkeada”. E antes de comprar aquele produto tão desejado, quem não foi na internet ver o que as pessoas estão falando? E ao chegar no restaurante, você vê as estrelinhas? Quem já se levantou ao ver que tinha apenas três estrelas?
Sim, o comportamento mudou. Você, enquanto Corretor de Plano de Saúde, tenha certeza, os seus clientes estão te “stalkeando” também.
Mas será que o meu comportamento na internet pode afetar as minhas vendas?
Na LeadMark prospectamos clientes para o mercado de planos de saúde. Ao analisar as contestações dos leads, vejo muito os corretores reclamando que falaram com o cliente e depois ele nunca mais respondeu. Ou que falou, mas ele bloqueou em seguida. Ou ainda, “Ele disse que já fechou com outro vendedor. ”Você já se perguntou se o cliente não se assustou com a sua foto de perfil? Tipo: você está usando camisa? Ou, a sua foto é o brasão do seu time? E se o cliente torcer para o seu adversário? Teve um corretor nosso cliente, que tinha contestações completamente fora da curva. Fui analisar e na mensagem de saudação no WhatsApp, aquela que diz “Estou disponível” tinha uma figura do dedo médio em riste (pausa para reflexão).
Será que é tarde demais para mudar a minha reputação?
Mas Givanildo, tem anos que uso minhas redes e já escrevi e compartilho de tudo e não quero ter que apagar. O que devo fazer? Você deve tentar separar o pessoal do profissional. Por exemplo: Mantenha seu perfil no Facebook e restrinja as atualizações apenas aos amigos. Daí você pode criar uma FanPage para divulgar seus negócios. É uma forma de manter as coisas organizadas. Entendeu? O mesmo para o Instagram. Ah, e se você não conhece ou não usa ainda, dá pra ter uma conta de WhatsApp apenas para negócios também, chama-se WhatsApp Business.
Deixa-me te fazer uma pergunta: Há algum sinal nas suas redes sociais de que você vende planos de saúde? Sei de corretores que nunca postam nada que indique que eles vendem planos de saúde. Às vezes até tem alguns sinais, mas do tipo: sou “Consultor de Planos de Saúde…” Sabe o que eu pensava antes de entrar no nosso universo? Que essa pessoa fazia consultoria para as operadoras, juro! O fato é que as pessoas às vezes estão procurando apenas um vendedor. E por mais tentador que seja se atribuir um título bonito, ser direto termina sendo a melhor estratégia. Desculpa, estou fugindo do foco, posso falar mais sobre isso se quiserem, é só pedir nos comentários.
Seis dicas de “netiqueta” para você não fazer feio na internet
1. Use um perfil ou conta diferente para suas conexões pessoais.
2. Evite compartilhar pontos de vista extremistas (por exemplo, inclinações políticas ou pensamentos sobre tópicos controversos). Se você sentir necessidade de expressar essas opiniões, considere limitar o público apenas aos seus amigos. Lembre-se: se você não tem nada de bom para dizer, talvez seja melhor não dizer nada.
3. Evite falar mal de outros usuários, pois isso afetará negativamente sua imagem e os espectadores casuais poderão julgá-lo com base nessas ações.
4. Não coloque nada na Internet que não queira que seu futuro chefe, cliente atual ou clientes em potencial possam ler.
5 Tenha cuidado ao publicar, curtir ou marcar fotos – Evite postar fotos embaraçosas, reveladoras ou negativas de si mesmo e dos outros.
6. Procure manter seus relacionamentos ou dramas pessoais em sigilo. Ou limite esses status aos amigos e familiares
Final (ufa!)
As mídias sociais têm um poder tremendo. Suas postagens e compartilhamentos, uma vez públicos, ficam no registro por um longo tempo.
O mundo das mídias sociais se move muito mais rápido que o mundo offline, por isso é fundamental pensar nos efeitos que suas palavras, fotos e vídeos têm antes de compartilhá-los com centenas ou milhares de pessoas.
Você tem outras dicas de etiqueta de mídia social para compartilhar?
Givanildo Albuquerque é empresário, fundador da LeadMark, empresa especializada em geração de leads de planos de saúde. Dedicado às atividades de marketing de mídia social e otimização de mecanismos de pesquisa, o empresário garante que pode ajudar corretores e plataformas a chegar no topo das pesquisas do Google. Givanildo é articulista do Blog do Corretor e escreve sempre às segundas-feiras.
