Uma vela é somente uma vela, mas, sua imagem, como tudo na vida, pode ter diversas interpretações. Vida e morte são somente duas das principais formas de interpretar uma vela acesa (ou apagada).
No caso da Med Company, não se trata de morte, longe disso. Afinal, “na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, célebre frase feita (obrigado, Lavoisier!).
Minha inesquecível mãe era daquelas que reuniam os filhos à noite e contava muitas estórias, que me faziam viajar no tempo e no espaço. A esse saudável hábito da minha mãe, atribuo a verve cáustica que vibra em meu sangue.
As estórias que a minha mãe contava eram sempre carregadas de muita emoção e tinham quase sempre um final feliz.
Foi mais ou menos assim que a Tereza Cristina (não é a da novela) reuniu corretores e funcionários, hoje à tarde, para, como a minha bondosa mãe fazia, contar uma história (no caso da Cristina, com “h”).
Particularmente, não diria que a história que a Cristina narrou aos seus colaboradores tenha sido uma história com um final feliz ou triste.
Tudo depende da perspectiva de quem olha.
Fato é que a Cristina contou uma história que, ninguém que ali estava, queria ouvir.
Era uma vez uma Corretora chamada Mad Company – poderia ser essa a primeira frase da narrativa.
Sem melancolia, mas com a emoção contida, Cristina comunicou aos seus colaboradores que estava encerrando as atividades como Corretora Med Company.
De cabeça erguida, com consciência tranquila, se comprometendo com todos em dar apoio no que estiver ao alcance dela, e com muito dinheiro no bolso, Cristina sai do mercado para entrar na história – parafraseando Getúlio Vargas.
Segundo Cristina, não teria mais sentido continuar atuando como Corretora. “Acabou(!) O melhor que tenho a fazer é sair de cena. Eu não preciso disso” – teria dito Cristina.
Não sem antes prometer que as portas da Med Company continuarão abertas, por algum tempo, até que todas as comissões estejam pagas e todos os compromissos cumpridos. Aí, então, não haverá mais necessidade de a Med Company existir.
Grande Cristina!
Mas a história não acabou aí. E nem vai acabar, nunca.
Rápida como uma águia de olhar apurado, eis que a imagem da Casa do Corretor se materializou na sala.
João Toni, acompanhado de seu escudeiro Borges (gerente do adesão), pegou a “deixa” da Cristina e, provando que não estão para brincadeira, jogou pesado.
João Toni enumerou e reiterou as qualidades da Casa, lembrou do conceito positivo que os corretores-Med Company possuem no mercado, e se colocou à disposição para recebê-los, em bloco.
Trinta indicações, prá começar! – teria prometido João.
Os corretores (a maioria, antigos parceiros da Cristina) estavam ainda sob o efeito da notícia, perturbados, confusos, inconformados… Prometeram pensar.
Consultaram-me sobre o que este blogueiro achava da Casa do Corretor.
Ora, vejam só!
Justo a mim que lá já trabalhei.
Depois que dei o meu parecer, ficou decidido que o grupo de aproximadamente 20 corretores vai procurar o João para uma proposta.
Eu arriscaria dizer que será um bom negócio para ambas as partes.
Corretor de plano de saúde virou jóia rara!
Certo estava Lavoisier (já naquela época) “…tudo se transforma”.
