Executivo da seguradora palestrou no painel "Seguro Agro" e abordou os diferenciais da "Estruturação de Operações Agrícolas"
Nesta terça-feira, 22, Joaquim Francisco, superintendente de Agronegócios da Allianz Seguros, palestrou no XII Seminário Internacional de Gerência de Riscos e Seguros da ABGR e apresentou uma solução que utiliza dados personalizados para oferecer as coberturas mais apropriadas e mitigar riscos.
A penetração do seguro agrícola no Brasil é de aproximadamente 15%, índice bastante baixo em comparação a outros países do mundo, principalmente se for levado em consideração que o produto se destina ao agronegócio, um setor que representa cerca de 25% do PIB brasileiro. Nos Estados Unidos, por exemplo, quase 90% de toda a produção está segurada. Apesar do atual estágio, houve evolução desde 2006, quando foi implementado o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Em dez anos, de 2006 a 2016, o número de hectares protegidos saltou de 1,6 milhão para 10 milhões.
Em meio a esse cenário de oportunidades de negócios, instabilidade do clima e necessidade de mais recursos públicos para a subvenção ao prêmio de seguro, a Allianz Seguros gerencia riscos agrícolas por regiões e produtores por meio da chamada “Estruturação de Operações Agrícolas”.
“O modelo, em vez de usar somente as médias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também leva em consideração o histórico de produtividade do agricultor e o emprego de tecnologia na propriedade para conseguir ter como principal diferencial a personalização de coberturas”, explica Joaquim Francisco. A análise do risco a partir de dados mais precisos, fornecidos por associações setoriais ligadas ao agricultor ou vindos do próprio produtor, adequa garantias, minimiza perdas e equilibra o custo, deixando o valor do prêmio mais acessível e atrativo. A “Estruturação de Operações Agrícolas” também é uma forma de gerenciar a sinistralidade da seguradora, já que determinadas localidades são detalhadamente estudadas. Esse aspecto é bastante relevante para o seguro agrícola, uma vez que é a única modalidade correlacionada, isto é, um determinado evento pode acarretar perdas concentradas.
Ao fortalecer a relação entre o agronegócio e o setor de seguros há também um avanço nos produtos contratados. Segundo Joaquim, “até 2015, a Allianz praticamente comercializava seguro-custeio, aquele que o agricultor usa para financiar a sua atividade. Já em 2016, 80% das apólices foram de produtividade”. Ou seja, com a “Estruturação de Operações Agrícolas” toda produção passou a ser segurada.