O seguro para transporte de carga se tornou a dor de cabeça das seguradoras. A região mais alarmante é a do Sudeste que concentra 90% das ocorrências de cargas roubadas. Em 2017, foram registradas 30 subtrações por dia no eixo Rio-São Paulo, o que resultou em um prejuízo de R$ 1,7 bilhão. Entretanto, não há expectativa que esses números caiam, já que nos 10 primeiros dias de 2018 foram registrados 288 roubos na região, de acordo com dados das Secretarias de Segurança Pública dos dois estados.
Segundo Eduardo Michelin, Head of Marine, da Corretora e consultoria Willis Towers Watson, o valor do seguro elevou entre 10 e 40%, dependendo da operação e as apólices que demoravam um mês para negociar, agora levam três, principalmente das companhias que comercializam alimentos, bebidas, eletrônicos e medicamentos, as mais visadas e de fácil distribuição no mercado paralelo.
O executivo ainda acrescenta que as seguradoras têm negado alguns riscos e exigido cada vez mais complexos sistemas de gerenciamento de risco, que podem variar desde iscas implementadas dentro do caminhão e da carga, passando por rastreadores no caminhão, escoltas, monitoramento dos horários e rotas dos caminhões, entre outros.
Para os próximos meses a projeção é um acréscimo no volume de movimentação de carga, devido o aquecimento da economia, entretanto, o roubo de carga ainda é uma preocupação das empresas. O tema é interessante para você? O que acha de agendarmos um bate-papo com o executivo no qual ele pode falar sobre como o mercado segurador está enfrentando esse cenário desafiador e as perspectivas para esse e os próximos anos?