Qualicorp vê 90 administradoras regionais como alvo de potencial aquisição

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Por Beth Koike – Valor

A Qualicorp tem no radar 90 administradoras de planos de saúde regionais que são possíveis alvos de aquisição. Essas empresas não gerariam problemas concorrenciais do Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade), avalia a administradora e corretora de planos de saúde por adesão, que fez nesta sexta-feira teleconferência para analistas e investidores sobre os resultados do quarto trimestre.

Segundo Elton Carlucci, diretor da Qualicorp, a companhia ainda está analisando as concorrentes e não há processos de diligências em andamento.

A Qualicorp está reforçando sua atuação na região Sul, onde tem pouca presença. De acordo com Bruno Blatt, presidente da Qualicorp, também estão sendo criados novos modelos de planos de saúde para as regiões Sul e Sudeste do país, cujos detalhes ele não revelou.

Venda da QSaúde

A venda da subsidiária QSaúde deve ser concluída nas próximas semanas, segundo Grace Tourinho, diretora da financeira da Qualicorp.

A QSaúde, que tem registro de operadora de planos de saúde, foi vendida para o fundador da Qualicorp, José Seripieri. O valor da transação deve girar entre R$ 70 milhões e R$ 80 milhões.

Com a efetivação da venda da QSaúde, a companhia espera redução de custos a partir do primeiro trimestre de 2020.

A Qualicorp deve retomar neste ano a margem apurada nos nove primeiros meses de 2019, afirmou Grace na teleconferência.

No quarto trimestre de 2019, a companhia apurou uma margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de 30,6%, contra 55,7% no acumulado entre janeiro e setembro.

Segundo Grace, a margem nos últimos três meses de 2019 teve impacto de itens não recorrentes como a provisão de R$ 111,4 milhões da subsidiária Gama e o custo adicional de R$ 90 milhões decorrente da migração de uma carteira de planos de saúde com 90 mil usuários de uma cooperativa médica para outra Unimed.

Em 2020, a Qualicorp deve apurar uma provisão para devedores duvidosos (PDD) na casa dos 4,5% sobre a receita, disse a diretora.

Em 2019, esse percentual ficou em 3,5%, beneficiado pelo quarto trimestre, cuja PDD foi de apenas 1,3% da receita líquida total. A redução nos comparativos se deve ao elevado volume de recuperações de crédito dos clientes que estavam inadimplentes, informa a companhia.

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Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

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