2022 foi um ano de definições, diz tesoureiro do Sindiplanos

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Reestruturação do canal de informações pertinentes ao setor e uma ferramenta de cálculo de planos de saúde “free” foram ações do sindicato, que tem novidades a caminho, conforme Samuel Miranda que comenta o desempenho e os desafios do setor de saúde

 Por Carol Rodrigues

Desde o início da pandemia, o setor de saúde suplementar vem se destacando e alçado outro patamar entre os itens de importância para os brasileiros. Segundo uma pesquisa do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o plano de saúde está entre as três maiores necessidades do brasileiro. Sim, com a pandemia, as pessoas mudaram suas prioridades.

Uma prova disso é que o setor ultrapassou a marca de 50 milhões de beneficiários, conforme dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “Isso demonstra que o consumidor está se conscientizando do valor destes benefícios. O plano de saúde já está consolidado, mas ainda falta confiança nos planos de odontologia”, comenta Samuel Miranda, tesoureiro do Sindicato das Corretoras de Planos de Saúde e Odontológicos do Estado de São Paulo (Sindiplanos).

Ele alerta que os planos odontológicos – atualmente com 30,5 milhões de beneficiários – encontram mais dificuldade devido ao comportamento de alguns profissionais dentistas. “Eles tentam fazer cobranças paralelas de serviços cobertos, alegando se tratar de material diferenciado, que o plano não oferece. No plano de saúde também havia casos semelhantes no passado, hoje são raros. O consumidor é muito informado e desconfiado, toda cobrança paralela gera conflito e compromete a marca”, chama a atenção Miranda.

Custo saúde como entrave

Embora tenhamos o crescimento do número de beneficiários, o custo saúde no Brasil ainda é uma questão que dificulta o acesso. Afinal, o consumidor busca custo como solução, ou seja, busca alternativas compatíveis com a sua realidade.

Por isso, as operadoras de planos de saúde precisam viver em constante processo de reinvenção. “Não tem como cobrar barato por um serviço caro. Creio que as operadoras perdem dinheiro por não criar melhores mecanismos no combate as fraudes de clientes, serviços médicos e vendedores. Isso é um problema enorme para as operadoras. Sempre nos chegam informações de novos métodos mas, infelizmente, por diversas vezes, quando vamos comunicar, ouvimos a resposta que não é competência da área comercial, lamentável que não tenhamos um canal de denúncias porque isso evitaria anos de prejuízo”, comenta o tesoureiro do sindicato.

Um ano de retomada

Para o Sindiplanos, 2022 simbolizou um ano de retomada. “A pandemia foi muito difícil para o mundo. Ainda bem que pudemos contar com o apoio dos nossos associados”, reconhece Miranda.

Segundo ele, importantes definições ocorreram na reestrutura do nosso canal de informações pertinentes ao setor. “Incluímos utilidade pública, que é o canal de eventos em que divulgamos tudo que acontece, e uma ferramenta de cálculo de planos de saúde “free”, ou seja, qualquer pessoa pode entrar e obter cotações atualizadas de valores dos convênios”.

Samuel Miranda explica que o serviço será utilizado tanto pelo corretor que eventualmente tenha uma falha e em uma emergência precise usar essa ferramenta de cálculo, como pelo consumidor final, como conferência do recebimento do valor correto do vendedor. “Entretanto, caso um consumidor final nos encontre e isso possa gerar uma lead, iremos direcionar a um associado. Tem mais novidades chegando mas ainda está sendo viabilizada, portanto não consigo dar spoiler no momento, só afirmo que estamos muito engajados no trabalho”.

Com uma luta incansável em defesa das empresas corretoras de planos de saúde, o Sindiplanos terá novidades no próximo ano, segundo o tesoureiro. “Sempre se pode fazer mais. Nós temos um grande desafio que é incluir a profissão do vendedor de planos de saúde no MEI. Isso regulamentaria todo nosso setor, seria um grande avanço, inclusive para os planos odontológicos que poderiam vender sem a necessidade das plataformas ou assessorias, pois os vendedores poderiam ser cadastrados diretamente e fazer a emissão da nota fiscal dos serviços comerciais prestados. Para isso, dependemos de Brasília e um político interessado na causa. É um objetivo e esperamos entregar essa conquista”, relata.

2023: um ano para ter foco

Do ponto de vista de inovação, o tesoureiro do Sindiplanos sugere a criação de um produto de telemedicina e outros serviços agregados, como seguro de vida, auxílio funeral, medicamento com desconto e desconto em academia.  

“Sou um defensor da telemedicina por dois motivos, qualidade do serviço por ser monitorado e economia de tempo”, diz o diretor cuja mensagem para 2023 é: foco. “Devemos estabelecer nossas metas e prioridades, onde estou, para onde vou e o que será necessário para estar lá, nesta caminhada. Você, nosso associado, pode contar com o apoio incondicional de todos aqui do Sindiplanos”.

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2 comentários em “2022 foi um ano de definições, diz tesoureiro do Sindiplanos”

  1. “Entretanto, caso um consumidor final nos encontre e isso possa gerar uma lead, iremos direcionar a um associado”.

    Tenho minhas dúvidas com relação a essas palavras, se tratando de um cara que visa somente a parte financeira. E pouco se importa para os corretores.

  2. Mirtes Fragoso

    Não conheço a atuação do tesoureiro do sindicato que ele representa, mas eu acho que o comentarista Eco está confundindo. Pelo que li o Sindiplanos rerpesenta as Corretoras de planos de saúde. O tesoureiro não tem a função de defender e nem intervir nas políticas que envolvem questões relacionadas aos vendedores pessoa física. É preciso entender o texto e o papel de cada um. Desculpe por emiitir a minha opinião.

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JORNALISTA

Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

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