Pesquisa da Bradesco Vida e Previdência revela que, apesar de ter registrado expansão nos últimos anos, setor ainda tem desafio para atingir seu potencial
Por Bradesco Vida e Previdência
SÃO PAULO – Embora o Brasil seja um dos países que mais rapidamente envelhecem no mundo, o investimento em uma vida mais tranquila na idade madura ainda é reduzido na população brasileira, mesmo entre quem já conta com recursos de proteção. Uma pesquisa realizada pela Bradesco Vida e Previdência revela que, entre as pessoas que possuem algum tipo de seguro, apenas 15% declararam ter um plano de previdência privada, enquanto outros 10% afirmaram que pretendem adquirir, mas ainda não o fizeram.
“Apesar de a sociedade brasileira estar ficando cada vez mais longeva, vemos que o planejamento financeiro de longo prazo ainda se restringe a uma parcela modesta da nossa população. Segundo dados da Fenaprevi, somente cerca de 8% das pessoas possuem previdência privada. Para que se tenha uma ideia, países com níveis educacionais e de renda mais altos chegam a ter de quatro a cinco vezes mais recursos alocados nessa modalidade de investimento em relação ao PIB do que o Brasil, o que mostra o grande desafio que temos pela frente”, destaca Estevão Scripilliti, diretor da Bradesco Vida e Previdência.
O executivo lembra que, em 2024, a população economicamente ativa terá atingido o pico no país, tendendo a refluir em termos absolutos nos anos seguintes, enquanto a faixa etária acima de 65 anos continuará a aumentar de forma acelerada.
“Aparentemente, portanto, temos menos de 20 anos com condição demográfica favorável para redirecionar nossas estruturas educacionais, produtivas e dos sistemas de saúde e de proteção financeira, e preparar a sociedade para lidar com o novo cenário. Nesse contexto, instrumentos como a previdência privada têm um papel preponderante a desempenhar como provisão complementar de recursos às fontes públicas, cada vez mais restritas na fase pós- laboral”, enfatiza Scripilliti.
Ainda segundo a pesquisa, a adesão a esse tipo de investimento é relativamente recente: entre os entrevistados, 53% declararam que a contratação ocorreu nos últimos cinco anos. Quando perguntados sobre as principais razões que os levaram a ter um plano de previdência privada, 83% afirmaram buscar um complemento para a aposentadoria; 59%, segurança financeira; 17%, investir em um negócio próprio no futuro; 14%, aquisição de imóvel; e 12%, compra de automóvel. O levantamento também indicou que quem possui previdência privada e mantém outros tipos de investimentos opta, majoritariamente, por Poupança (56%) e CDB (44%), configurando um perfil mais conservador.
“Embora o segmento de previdência privada tenha registrado crescimento considerável nos últimos anos, o grande desafio é expandir a cultura do planejamento financeiro de longo prazo para uma parcela mais expressiva da nossa população, incluindo os jovens, pois, quanto mais cedo se inicia esse planejamento, melhor”, conclui Scripilliti.
Metodologia da pesquisa
Realizada em 2023 via painel de respondentes, a pesquisa quantitativa contou com 1.000 participantes de todas as regiões do Brasil, tendo como objetivo mapear o comportamento dos segurados em relação a diversas categorias, como bens, saúde física e financeira. A iniciativa está alinhada à missão do Grupo Bradesco Seguros de disseminar a cultura de proteção no país.