Allianz chama atenção para maior segurança de usuários vulneráveis em vias de áreas urbanas

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Grandes vs. Pequenos nas cidades europeias: 70% das mortes nas vias urbanas envolvem pedestres, ciclistas ou motociclistas.
Um terço dos acidentes entre caminhões e pedestres ou ciclistas poderia ser evitado com tecnologia já existente.
“Precisamos de um novo cinto de segurança” – Allianz propõe medidas para se aproximar da “Visão Zero“.

 Por Allianz

SÃO PAULO No 12º Allianz Motor Day, o Grupo Allianz chama atenção para uma melhor proteção a pedestres e ciclistas nas cidades e faz pedidos concretos a políticos, fabricantes de automóveis e operadores de frotas. Considerando o alto e persistente número de mortes nas vias da Europa, Klaus-Peter Roehler, membro do Conselho do Grupo Allianz, falou da importância de equipamentos de segurança aprimorados, especialmente para vans e caminhões, no Allianz Center for Technology (AZT), em Ismaning. “Estamos vendo um rápido progresso em quase todas as áreas da tecnologia, então por que não estamos protegendo melhor a vida nas estradas?! Esta é uma trajetória inaceitável. Um terço de todos os acidentes entre caminhões e pedestres ou ciclistas poderia ser evitado se esses veículos utilizassem apenas duas medidas de segurança já conhecidas. Para enfrentar este cenário, fabricantes de veículos, políticos, transportadoras de carga – e nós, como seguradoras – devemos agir. É preciso fazer tudo o que pudermos para proteger uma vida humana da morte acidental, custe o que custar.”

O Allianz Motor Day reúne especialistas e representantes da mídia de todo o mundo para discutir as tendências e desafios da mobilidade no futuro. O tema de 2024 é “Grandes vs. Pequenos: a necessidade de proteger melhor os grupos vulneráveis nas áreas urbanas”.

A UE pretende reduzir o número de mortes na estrada a zero até 2050

Klaus-Peter Roehler destaca que o número de mortes nas vias da União Europeia ainda é muito elevado, cerca de 20.400 em 2023. “A Comissão Europeia declarou que, até 2050, a quantidade de mortes nas estradas na Europa será reduzido para nenhuma. Infelizmente, ainda estamos muito longe dessa ‘Visão Zero‘“.

Para permanecer dentro da faixa-alvo, o número de vítimas precisaria diminuir 18% entre 2022 e 2023, assumindo uma progressão linear. Em toda a Europa, foi alcançada uma redução de 1% – e na Alemanha, o número de mortes aumentou recentemente em 1,8%, totalizando 2.839 em 2023.

As cidades são focos de acidentes: 70% das mortes nas vias em áreas urbanas são de pedestres ou em veículos de duas rodas

Para obter resultados rápidos, faz sentido focar no transporte urbano. “As cidades são os principais pontos de acidentes”, diz Roehler. “Cerca de 40% dos acidentes rodoviários mortais na Europa ocorrem nas cidades. 70% dessas vítimas estão andando de bicicleta ou utilizando outros veículos de duas rodas, ou são pedestres, incluindo crianças e idosos, que precisam de melhor proteção. A manchete deste 12º Allianz Motor Day – ‘Grandes vs. Pequenos’ – soa amarga, mas é verdade. Trata-se de proteger as pessoas mais vulneráveis de veículos pesados.“

De acordo com uma análise recente do Allianz Center for Technology (AZT), os veículos usados pelos serviços de encomendas e entrega são pontos de atenção. “Como seguradora de frota, a comapanhia percebeu que as vans usadas nesses negócios têm uma frequência de sinistros cerca de 20% maior do que os veículos convencionais”, diz Roehler. “Eles também são mais propensos a causar ferimentos pessoais.“ As pressões para cumprir o tempo de entrega, o fato de parar muitas vezes e fazer manobras em ambientes urbanos, além da distração causada pelos dispositivos digitais necessários ao trabalho, contribuem para isso.

Roehler critica o fato de que as vans, atualmente, não têm a mesma quatidade de sistemas de segurança a bordo que os carros, apesar do Regulamento Geral de Segurança 2 (GSR2) da União Europeia, que será aplicado a veículos novos a partir de julho de 2024. “As vans devem ter, pelo menos, os mesmos sistemas de segurança que os carros de passeio novos, uma vez que estão usando as mesmas vias urbanas, que são altamente movimentadas”, diz.

Estudo da Allianz: um terço dos acidentes entre caminhões e ciclistas ou pedestres poderia ser evitado com tecnologia já disponível

Para veículos de entregas pesados e ônibus, o GSR2 também deve ser melhorado o mais rápido possível, de acordo com Roehler. Embora recentemente alguns recursos de alerta dos sistemas de assistência ao motorista tenham se tornado obrigatórios para caminhões recém-registrados, eles não são suficientes para evitar colisões com ciclistas e pedestres em pontos cegos, por exemplo. “Os sistemas de alerta não são suficientes”, diz Roehler. “Prcessos eficazes podem identificar os usuários da via no ponto cego e acionar imediatamente a frenagem de emergência.”

Um estudo recente do Allianz Center for Technology (AZT) concluiu que um terço dos acidentes entre caminhões e pedestres ou ciclistas poderia ser evitado com assistência ativa de frenagem e melhor visibilidade para o motorista do caminhão por meio de janelas de manobra e uma linha de visão mais baixa na cabine. Essas soluções técnicas já estão disponíveis no mercado – precisam apenas ser implementadas de forma disseminada o mais rápido possível.

A prevenção de acidentes menores também compensa financeiramente para as empresas de transporte em longo prazo. Roehler afirma que “é um incentivo para as empresas de transporte rodoviário. Uma frota com menos custos de reparo e tempo de inatividade é mais eficiente. Os valores de seguro também são significativamente mais baixos em comparação com uma frota que tem muitos acidentes.“

A Allianz se baseia em sua tradição para fazer pedidos específicos

Roehler ressalta que, há 40 anos, a Allianz já estava fazendo campanha pelo então controverso uso obrigatório de cintos de segurança. Em 1983, Max Danner, chefe do Allianz Center for Technology (AZT) à época, escreveu um livro intitulado “Cinto de segurança ou morte!”. “Além de ‘Cinto de segurança ou morte!’, o seguinte também se aplica: ‘Sistemas de assistência – ou morte!’ Para alcançar a ‘Visão Zero’, precisamos, por assim dizer, de ‘um novo cinto de segurança’!” diz Roehler.

No 12º Allianz Motor Day, a Allianz fez três pedidos específicos aos fabricantes de automóveis e legisladores para proteger melhor os grupos vulneráveis no tráfego urbano.

Demandas da Allianz

  1. O equipamento de segurança de vans e caminhões deve exceder o padrão legal atual. As vans devem ter, pelo menos, os mesmos sistemas de segurança que os carros novos de passageiros, uma vez que estão usando as mesmas vias urbanas movimentadas. Já os fabricantes de caminhões devem aproveitar todas as inovações já disponíveis para ajudar a prevenir acidentes. Isso inclui janelas de manobra, cabines rebaixadas e sistemas automáticos de frenagem de emergência ao virar.
  2. A Allianz defende uma homogeneização dos requisitos em toda a Europa e pede aos legisladores da União Europeia que melhorem ainda mais os regulamentos atuais. Aos novos caminhões, os sistemas avançados de assistência ao condutor para evitar acidentes devem se tornar obrigatórios o mais rápido possível. Os sistemas de alerta, como estão exigidos por lei atualmente, não são suficientes. Devem ser obrigatórios também sistemas de frenagem ativa, que identificam os pedestres no ponto cego e que possuam uma trava de emergência. Além disso, eles devem estar sempre ligados.
  3. É necessário um compartilhamento abrangente de dados, conforme previsto na União Europeia referente: se a Allianz, como seguradora, souber quais sistemas de segurança são instalados e ativados em caminhões e vans, a empresa poderá definir taxas e incentivos baseados em risco.

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Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

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