Enquanto a bola rola no gramado nesta que é, indubitavelmente, a Copa das Copas, o mercado de planos de saúde aproveita para promover mais uma Dança das Cadeiras.
Quem entra no salão mais uma vez é o Grupo NotreDame Intermédica.
E vem bem acompanhado.
Com o fim do reinado do seu fundador, Paulo Barbanti, no GNDI, adquirido pelo private equity Bain Capital, em março, por cerca de R$ 2 bilhões, um novo CEO foi escolhido para o comando a partir do próximo dia 30, tornando-se assim o primeiro executivo a liderar o grupo, após a bilionária transação.
Irlau Machado Filho, que já foi vice-presidente do Banco Santender (1997 – 2002), presidente da Medial Saúde (2003 – 2005) e atualmente atua como CEO do Hospital A. C. Camargo, foi o nome escolhido pelo GNDI.
Considerado um dos responsáveis por colocar a instituição A. C. Camargo entre as referências brasileiras no tratamento e pesquisa acadêmica do câncer, Machado trabalhará em colaboração direta com a atual equipe de gestão e os executivos da Bain Capital. O objetivo é expandir os negócios da empresa mantendo os padrões de qualidade dos planos de saúde e odontológicos.
A escolha do nome, segundo Chris Gordon, presidente do conselho de administração do GNDI, se deu em função da experiência de Machado no segmento de saúde no Brasil – diz em nota.
Algumas significativas mudanças o mercado já tem como certas:
Toninho, ex-Grupo Amil, já estaria de malas prontas para a Intermédica, enquanto a política de comissão e comercialização seriam modificadas.
Segundo informações a que tivemos acesso, a Intermédica, sob nova direção, pretende adotar o modelo Cauda Longa, abrindo códigos para pequenos produtores com um comissionamento diferenciado.
E o foco, segundo consta, seria Dix e Medial, principais adversários da Intermédica.
E os produtos e tabelas – dizem – serão desenhados de forma que a briga valerá a pena.
A Intermédica vai mexer com o mercado?