Más escolhas alimentares e menos exercícios físicos contribuem para aumento do peso dos brasileiros durante a pandemia

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Especialistas falam sobre formas de tratar e prevenir o sobrepeso e a obesidade

SÃO PAULO – Entre os muitos impactos da pandemia de Covid-19 na população estão os quilos a mais ganhados no período. Segundo pesquisa da IPSOS, a população do Brasil foi a que mais engordou durante a crise sanitária, entre as 30 nações analisadas. Mais da metade das pessoas entrevistadas (52%), informaram que tiveram ganho de peso. Em média, 6,5 kg a mais.1

Alguns fatores contribuiriam para esse quadro. De acordo com estudo preliminar que está sendo conduzido pelas universidades federais de Minas Gerais, Lavras, Ouro Preto e Viçosa, o estilo de vida do brasileiro piorou muito durante a pandemia. Foi observado um aumento no consumo de alimentos processados, ultraprocessados, farináceos e fast foods. Em contrapartida, houve uma redução significativa na prática de atividades físicas. 

Neste mês é celebrado o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade (11 de outubro), data para lembrar sobre a importância do cuidado com as pessoas que sofrem com a doença e das principais formas de prevenção. Para fazer este alerta, a Qsaúde promoveu na última quinta-feira (14) a live "Obesidade: conscientização para prevenção e tratamento", com a participação da endocrinologista Lívia Porto e da nutricionista Tarcila Campos, ambas do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Com moderação da gerente de Enfermagem da Qsaúde, Érica Cardoso, a transmissão no Instagram da operadora debateu sobre prevenção e tratamento da doença, o agravamento durante a pandemia e a importância do cuidado multidisciplinar. 

A Organização Mundial da Saúde define a obesidade como gordura anormal ou excessiva que pode ter implicações na saúde. É definida pelo Índice de Massa Corporal acima de 30, que é calculado pela divisão do peso em kg pela altura em metros ao quadrado (kg/m²)3. A endocrinologista chamou atenção para a importância de modificar a visão sobre a obesidade como escolha e entender que é uma doença. "São duas pandemias que se confluíram: a da obesidade, que já vinha no Brasil e no mundo, e que a pandemia da Covid-19 veio incrementar", afirma Lívia. 

Segundo dados do IBGE, há no Brasil 96 milhões de pessoas acima de 18 anos com excesso de peso. E a proporção de obesos no país dobrou entre 2003 e 2019, passando de 12,2% da população acima de 18 anos para 26,8%, ou seja, cerca de 1 em cada 4 adultos4.  

As especialistas reforçaram durante a live que a obesidade é uma questão multifatorial, que não depende somente de comer menos e gastar mais, mas que envolve outras questões, como hábitos familiares e mecanismos metabólicos. Na Qsaúde, além da parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, os clientes são acompanhados durante toda sua jornada por médicos de família, capacitados a olhar todos os fatores que impactam na saúde de forma individualizada e direcionar para os melhores hábitos e formas de tratamento. Além de contarem com o monitoramento contínuo da equipe de saúde da operadora, formada por médicos e GuiasQ, grupos de enfermeiros e técnicos de enfermagem.  

A nutricionista destacou, ainda, a importância de trabalhar a educação em saúde com a família, para que fiquem atentas nas informações contidas em embalagens de alimentos que comumente levam ao erro. "O que tem de ficar de dica prática dentro desse universo de escolha de alimento industrializado é fazer leitura da lista de ingredientes do alimento. Hoje costuma-se dizer no mundo da escolha saudável dos alimentos industrializados que quanto menos ingredientes estiver na lista, melhor", afirma Tarcila. 

Estudo do Instituto Desiderata, organização que atua junto de gestores públicos e organizações no desenvolvimento e implementação de soluções para a prevenção e cuidado com a saúde de crianças e adolescentes, aponta que 1 a cada 3 crianças entre 0 e 5 anos no Brasil estão com excesso de peso. Mas, ainda assim, apresentavam carência de nutrientes essenciais para o desenvolvimento. E um dos fatores apontados para essa realidade é o consumo de alimentos ultraprocessados sem que os pais tenham consciência sobre a qualidade nutricional do que está sendo ingerido.

A live reforçou a importância do acompanhamento contínuo de saúde, para controle e acompanhamento de peso. Assim, é possível prevenir e tratar a obesidade, evitando, ainda, outros problemas que podem ser causados pela condição, como hipertensão, doenças cardiovasculares e até mesmo tumores.  

Para assistir a live na íntegra, acesse: https://www.instagram.com/tv/CVBoOu3oJ14/  

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Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

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