Ultimamente tenho saído de casa somente para eventos específicos – como reuniões importantíssimas, por exemplo – e sempre em horários que não extrapolem o meu nível de loucura.
O trânsito de São Paulo já ultrapassou os limites do espaço disponível para automóveis, como bem sabemos todos.
Por outro lado, o meu trabalho, hoje, é muito mais de reflexão (um sonho de criança), do que mesmo de locomoção (ufa!).
Maliciosamente foi insinuado aqui, por um crítico leitor, que este blogueiro também é um vendedor, como se isso fosse um crime.
De todo o nosso colega não está errado. Sou um vendedor, sim(!).
Como já lembrei em outros posts, grandes homens dessa área se auto definem vendedores.
Já tive oportunidade de ouvir isso de caciques como, Marcio Mantovani (Barela), Sílvio Toni (Casa do Corretor), Roberto Ramos (Admix), Galvão (Cia de Vidas), Júnior (Qualicorp), enfim, a lista é enorme.
Mas existem formas diversas de “ser vendedor” e até mesmo de “estar vendedor”.
Estive vendedor por alguns anos, enquanto aguardava pela oportunidade de “abocanhar” a parte que me cabia “nesse latifúndio”.
Espectador assíduo de importantes palestras e devorador de livros que sou, já ouvi pessoas bem mais cultas que eu (se é que possuo alguma cultura), afirmar que, no campo profissional, só podemos ser felizes fazendo aquilo que gostamos.
Não fui feliz por muito tempo, por “estar vendedor”, mesmo sendo eu um vendedor nato.
Complicado, não é?
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte disso, tenho em mim
Todos os sonhos do mundo.
[Álvaro de campos]
Mas não vamos nos aprofundar na psique do tema porque esse não é o fulcro da questão.
Estivesse eu atuando como corretor, não haveria nenhum problema em revelar. Muito pelo contrário. Seria, a meu ver, mais uma qualidade a agregar no meu currículo.
Durante o período em que atuei como corretor, apesar dos meus esforços e da minha criatividade (sem falsa modéstia), tive um desempenho medíocre.
Sou, portanto, um exemplo vivo de que só podemos ser felizes e realizados, quando fazemos aquilo que gostamos de fazer.
Ontem, foi um dia de atividades fora da tela do monitor que abriga este Blog.
Participei de uma profícua reunião, cujos resultados na oportunidade compartilharei com todos, almocei num excelente restaurante na 7 de Abril, e, enquanto aguardava a chegada de alguém, vaguei pela Praça Dom José de Barros a observar o comportamento dos transeuntes.
A minha vontade foi de repetir o que já fizera outro dia: tomar um chá no Café Suplicy (que fica lá mesmo no Praça), abrir o meu notebook e postar no Blog algo que a paisagem e os eventuais encontros me inspirassem.
Mas este Blog não é um Diário pessoal, tampouco um divã para os meus devaneios. Sobretudo, quando se está acometido de um resfriado que aprisiona o corpo e, em particular, a garganta.
E a enfermidade nada mais é do que o corpo se expressando, querendo dizer algo. Cabe a nós interpretar.
E eu, como um assíduo leitor também do meu corpo, estou tentando descobrir o que ele (o meu corpo) quer dizer com esse aperto na garganta, que arde, que queima.
Ainda bem que não é a minha consciência.
Esta, diferente das consciências de Demóstenes Torres (DEMO-GO), Marconi Perillo (PSDB-GO), Carlinhos Cachoeira (Bicheiro)…, está tranquila.