Prevent Senior enfrenta agora a frustração de um corretor

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 Citada na CPI da Pandemia e acusada de administrar a ineficaz cloroquina em pacientes de Covid-19 internados em hospitais de sua rede própria, a Prevent Senior enfrenta agora a fúria de um corretor. Fair Play?

SÃO PAULO – Segundo consta, a empresa adaptou no Brasil um modelo de assistência médica baseado na prevenção, que é sucesso em Cuba. A propósito, não fosse a cruel interferência dos EUA, responsável por um embargo comercial, econômico e financeiro à ilha caribenha, outros cases certamente seriam importados daquele país para outros continentes.

Mas voltemos ao caso Prevent Senior.

No início de sua modesta e corajosa operação, a empresa já enfrentava um certo preconceito dos corretores em função de sua política comercial destoante das demais operadoras: baixa comissão, distribuição de produtos limitada a apenas duas plataformas e – pior – sempre manteve distância dos corretores. Além de não dar muita bola à imprensa especializada, é claro.

Não por acaso, já tratamos aqui da suposta arrogância da operadora, pertencente aos irmãos que, além de médicos, são músicos e empresários bem-sucedidos.

O legítimo desejo de grandiosidade da Prevent Senior atraiu os holofotes da grande mídia. Infelizmente, no entanto, para tratar não de seu sucesso, mas do momentâneo fracasso.

De acordo com o divulgado na imprensa no início da pandemia, a operadora ministrava cloroquina aos seus pacientes diagnosticados com Covid-19, motivo pelo qual muitos não teriam resistido à profilaxia aplicada. Erro crasso para uma operadora de planos de saúde (!).

Não é de se espantar, portanto, que eventualmente a Prevent Senior tenha seu nome pairando pela Comissão Parlamentar de Inquérito responsável pela apuração de crimes supostamente praticados por agentes do governo durante as negociações para a compra de vacinas.

Causada pela Sars-Cov-2, a Covid-19 pode ser evitada com o uso de máscara, políticas público-privadas de distanciamento social, higiene coletiva e vacinação em massa. Qualquer outra orientação que não seja nesse sentido, está caracterizada a prática de charlatanismo.

As críticas à operadora, no entanto, não param por aí. A empresa enfrenta, agora, a fúria de um corretor que não questiona comissionamento, , exclusividade, credenciamento, cobertura ou coisa que o valha. Agora, Guilherme Van Helden discorre sobre o descaso hospitalar registrado durante o tratamento do câncer terminal de sua madrinha, falecida por doença dentro do Sancta Maggiori da Mooca, hospital próprio da operadora.

Segundo os relatos de Guilherme Van Helden, “O tempo todo eles tentavam me convencer de que a agonizante paciente – pasmem(!) – deveria ser transferida para uma clínica, quando, na verdade, o que ela mais precisava, em seus últimos momentos, era de um especial atendimento capaz de aliviar as suas dores”.

Van Helden diz ainda que implorou aos médicos para que remediassem o sofrimento da sua “tata”, como era carinhosamente chamada, mas, apesar das promessas de intervenção, a negligência desumana e a burocracia hospitalar prevaleceram. “Eu implorei para que o médico a sedasse ou aumentasse a dose de morfina para aliviar o sofrimento dela. Quase duas horas depois a enfermeira chegou com os medicamentos, mas já era tarde. O médico não teve culpa”, garante o corretor, “Ele foi um guerreiro num campo de batalha. Quando eu disse para ele que aquilo era desumano, ele concordou, balançando a cabeça”, disse.

Revoltado, Van Helden não se conforma com o fato de a operadora ter receitado Tylenol para uma paciente que gemia de dor enquanto a família, impotente, assistia a tudo. “Quando ela recebeu o diagnóstico de câncer na unidade Dubai, o médico nos convenceu de que o paliativo seria o melhor caminho; fariam um “coquetel” para que ela não sentisse dores. Mas ela recebeu alta com prescrição de Tylenol. Um paciente com câncer terminal de vias biliares com metástases deve ser tratado com Tylenol? Não é preciso ser médico para saber que a resposta é ‘não’”, concluiu.

Agora, sem a madrinha a quem considerava uma “segunda mãe”, Van Helden estuda a possibilidade de processar a Prevent Senior, exigindo, ainda, um pedido de retratação pública da operadora.

Antes de publicar esta matéria, entramos em contato com o hospital Sancta Maggiore (Mooca), e pedimos para falar com a assessoria de imprensa. A telefonista nos forneceu um número de telefone, mas avisou: “Este é o número da central, mas você não vai conseguir falar porque as pessoas que ligam para lá já têm o ramal direto”, disse gentilmente. “E de que adianta eu ligar para esse número se eu não tenho o ramal direto”?, indaguei. “Você tem razão”, disse ela.

De qualquer forma, este espaço está à disposição da Prevent Senior para apresentar seus argumentos.

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JORNALISTA

Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

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