Samaritano será plataforma de avanço de hospitais da Amil em São Paulo

agenciaweber

agenciaweber

Por Beth Koike | Valor

SÃO PAULO – A americana UnitedHealth, dona da Amil, concluiu nessa quinta-feira a compra do Hospital Samaritano, de São Paulo, conforme o Valor antecipou no fim de novembro. Além da UnitedHealth, a Rede D’Or e outros três fundos de private equity participaram do processo de negociação.

O Samaritano será a plataforma de expansão para o negócio de hospitais da Amil em São Paulo. “Não há intenção de verticalizar o Samaritano. A ideia é que ele seja uma plataforma de crescimento que pode vir de aquisições ou “greenfield” com a marca Samaritano”, disse Luiz De Luca, presidente do Hospital Samaritano.

Há quatro anos, a Amil também comprou o Hospital Samaritano do Rio de Janeiro. Segundo De Luca, não haverá tabela de preço diferente para a Amil, que hoje representa pouco menos de 8% da receita. As maiores fontes pagadoras são Bradesco Saúde e SulAmérica.

Em São Paulo, a Amil tem 19 hospitais, como Paulistano, Alvorada, Vitória e Luz, que atendem prioritariamente clientes da Amil, mas também são abertos para outras operadoras de planos de saúde. A UnitedHealth informou, por meio de comunicado, que “pretende contribuir para fortalecer a liderança do Hospital Samaritano em serviços médicos de excelência aos seus pacientes”.

Segundo fontes do setor, a transação foi de cerca de R$ 1,3 bilhão. Os recursos irão para um fundo patrimonial criado para a Associação Samaritano que passa a investir em projetos filantrópicos sociais e de saúde. “Vamos aplicar os recursos em investimentos financeiros e com o ganho real vamos patrocinar projetos sociais e de saúde”, explicou William Bennett, presidente da Sociedade Samaritano.

No período de seis a nove meses, o Samaritano se tornará um hospital com fins lucrativos. No último triênio (2012 a 2014), a instituição teve isenção de R$ 90 milhões em tributos que, por sua vez, foram repassados em projetos do Ministério da Saúde. Entre 2015 e 2017, o valor da renúncia é de R$ 110 milhões, mas essa isenção será negociada com o Ministério da Saúde, uma vez que o hospital deixará de ser filantrópico.

De Luca destaca que a associação com a UnitedHealth possibilitará o Samaritano ter acesso à tecnologia de última geração, como cirurgia robótica que ainda não há no Samaritano, compartilhamento das áreas de suprimentos, treinamento entre outras.

“Participar de um grupo internacional é nova frente motivadora. É difícil competir sozinho. Nossos últimos quatro anos foram ótimos, mas precisamos olhar a longo prazo e investimento em tecnologia, por exemplo, é um item essencial daqui pra frente na área”, disse De Luca, executivo que já havia trabalhado com o Edson Bueno, fundador da Amil. De Luca foi por muitos anos presidente do Hospital Nove de Julho, que pertence a Bueno.

Neste ano, o hospital Samaritano vai fechar com receita de R$ 510 milhões, o que representa uma alta de 15,6% em relação a 2014.

 

Compartilhar:

Facebook
Twitter
LinkedIn
Email

Deixe um comentário

Você pode optar por ficar anônimo, usar um apelido ou se identificar. Participe! Seus comentários poderão ser importantes para outros participantes interessados no mesmo tema. Todos os comentários serão bem-vindos, mas reservamo-nos o direito de excluir eventuais mensagens com linguagem inadequada ou ofensiva, caluniosa, bem como conteúdo meramente comercial. Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

JORNALISTA

Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

Categorias

Veja Também:

Fale com o Blog!