A pandemia e oportunidade para o mercado securitário

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A história mostra que momentos de crise são impulsionadores para companhias de seguros

Por André Luís Borsato 

Diante do cenário atual, estamos iniciando um novo tempo em que os valores materiais e, principalmente, os imateriais passam a ser foco no que tange a sua efetiva proteção.  

O mercado segurador, baseando-se no princípio da solidariedade (entre outros) possui uma função social muito importante, que é a de proteger a sociedade com relação a seus bens e, num segundo momento, evitar que sonhos se desfaçam. 

Para tanto, como já era de se esperar, e com a sensibilidade que o cenário requer, boa parte das companhias seguradoras estão desconsiderando cláusulas de exclusão de cobertura, nos seguros de vida, referente a epidemias e pandemias, num gesto ímpar em prol da sociedade, de sabedoria e humanidade, além de um movimento comercial preciso.

Toda crise gera reações, mas crises como as que estão ocorrendo agora geram mudanças de comportamentos e reavaliações de princípios e valores. Como diria o ditado: é na freada da carroça que as melancias se ajeitam. 

A Covid-19 trouxe ao mundo uma maior consciência sobre o dever de cuidado, a atenção aos detalhes em prol da coletividade e a obediência das normas para o bem comum. Isso tudo se traduz, pelo menos em parte, em evolução de mindset* da sociedade.   

E o que isso tem a ver com o ramo securitário? 

Tudo.

O setor de seguros se desenvolve na medida em que as necessidades humanas vão surgindo. Afinal, o seguro surgiu após o grande incêndio de Londres de 1666, quando milhares de imóveis foram consumidos pelo fogo durante cinco dias ininterruptos, sendo necessários cerca de 50 anos para sua completa reconstrução. Ademais, o seguro de veículos surgiu após o aumento na quantidade de veículos nas estreitas vias e da relação “condutor x pedestre” no início do século XX. Em ambos os casos se visualizou uma necessidade de proteger os bens materiais e a vida.

Neste prisma, olhando o copo meio cheio, a atual pandemia pode ser até benéfica para o setor securitário, haja vista o surgimento de uma necessidade que pode culminar com a criação de novos produtos.

Já no enfoque social, sempre analisando o aspecto mais otimista, o ser humano necessariamente evoluirá na ciência/medicina, no fator humano (cuidado, solidariedade e amor), mas também no aspecto econômico, no sentido de perceber e dar mais valor à proteção de seus bens, sejam eles materiais ou imateriais, cabendo ao mercado segurador adequar ou inovar produtos para suprir esta nova demanda.

*mindset = mentalidade


André Luís Borsato é advogado empresarial e integra a equipe de Seguros do escritório Rücker Curi Advocacia e Consultoria Jurídica. 

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Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

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