Por Elano Figueiredo, advogado especialista em saúde
Medida adotada pela Agência Reguladora chama atenção desta vez por repercutir fortemente na Amil — administrada pela gigante americana United Health Group.
Em 2012, a ANS estabeleceu uma nova política de monitoramento da qualidade dos serviços dos planos. Todas as denúncias prestadas por consumidores servem para formação de um nível de (in)satisfação.
Uma vez aferido esse nível, a ANS adota medidas de correção contra as operadoras, podendo ser multa, intervenção, suspensão de venda, ou até o cancelamento do registro de operar.
Na última rodada do programa, chamou atenção a suspensão de muitos planos oferecidos pela gigante Amil. Já não é normal uma operadora grande receber essa punição, mais grave ainda é ser atingida em 42 produtos, como foi o caso.
A situação expõe o momento do grupo americano no Brasil: não consegue se adaptar ao mercado nacional, nem sair dele — lembrando que no início do ano a ANS proibiu a venda de parte da carteira de clientes Amil, determinando a continuidade dos serviços.
Ao que tudo indica, forçar alguém a fazer o que não quer vai resultar em má qualidade. Então, ou se permite a saída da empresa do país ou se adota medidas mais rígidas para manter o nível de qualidade.
Da forma que está não dá!