Apostando no crescimento em sua nova fase, a Casa do Corretor se reinventa. Os corretores que saíram foram os que nós queríamos que saíssem, diz Sílvio Toni em entrevista ao Blog

agenciaweber

agenciaweber

Foram 59 minutos de uma longa conversa com Silvio Toni, que estava acompanhado de seus assessores de marketing, Paulo Fasanella e Maria Cristina.

Silvio, como bem sabemos, é envolvente, hábil nas palavras, inteligente… conheço pessoas que têm medo de serem hipnotizadas por ele.

Mas, poder da mente à parte, o que ficou claro nesta entrevista foi que o furacão que assolou o mercado passou e não causou nenhum dano a Casa do Corretor, que segue agora mais sólida, mais fortalecida. “É um novo período para nós. Hoje, a Casa do Corretor é uma empresa melhor do que era antes, mais sólida” diz.

No próximo dia 18 acontecerá, no Club Homs, o “evento de início de ano”, uma festa para 700 convidados. “Uma evolução dentro das novas exigências do mercado, e também lançaremos uma nova campanha e criaremos uma expectativa sobre o novo posicionamento de marketing da Casa do Corretor no mercado”, ressalta.

Silvio Toni, que, assim como este blogueiro, abusa de metáforas, parece mais seguro, mais confiante, como se a sua Casa estivesse mais do que nunca fincada em base de concreto à prova de vendavais.

“Estou aqui há 11 anos, não troco a Casa por nada”, confessou-me a corretora Rosana Maria da Conceição, enquanto me conduzia ao salão do 11° onde visitei corretores e fiz algumas fotos. No rodapé desta matéria o leitor encontrará o link que o conduzirá ao Album de Fotos.

A seguir, leia a entrevista completa com Silvio Toni.


Blog do Corretor:
A Casa do Corretor está se reinventando?

Silvio Toni:
Sim. Sim. Com certeza. Quando uma empresa é idealizada, ela normalmente tem um planejamento de cinco anos. Então, nós tivemos o primeiro momento da Casa do Corretor que foi um momento de implantação, antes de terminar esse período ela foi replanejada, e aí nesse segundo momento ela teve a expansão, ela teve a inclusão das seguradoras, ela teve a ampliação da CdC, nós estamos vivendo hoje, na verdade, um terceiro momento da empresa onde ela atua de uma maneira mais madura, mais séria, mais focada… então, sim, nesse sentido ela se reinventando. Até porque nenhum projeto de empresa pode permanecer por um tempo muito longo sem correr o risco de ele ficar caduco no período.

Blog do Corretor:
A Casa do Corretor há algum tempo era muito comentada, falava-se bem, falava-se mal, mas falava-se da Casa. Afinal, quem faz sucesso está na vitrine. Ultimamente, pouco se fala na Casa do Corretor. O que acontece? É uma estratégia ou… o que acontece com esse silêncio da Casa do Corretor?

Silvio Toni:
Tem a ver um pouco com a estratégia da empresa, porque o fato de a Casa do Corretor ter sido tão comentada, teve mais fatores negativos do que positivos. Então, hoje, nós queremos ser bem vistos, bem lembrados, mas não por todos os corretores. Não por todo mercado. Mas por quem nos interessa. É como se falasse assim, ‘num primeiro momento, realmente foi importante ter feito a marcação da nossa chegada no mercado’. Hoje nós queremos continuar no mercado, crescendo em participação, em resultado, mas também crescendo dentro daquilo que é convicção da Casa do Corretor como caminho. No nosso entendimento não é uma convicção geral. É uma convicção muito nossa. Eu não conheço muitas pessoas que compartilham dessa convicção.

Blog do Corretor:
Vamos falar da festa. A Casa vai realizar o seu evento de início de ano agora no próximo dia 18 no Club Homs. Qual a razão da festa? É para pagar a campanha do ano passado, lançar outra, qual o motivo?

Silvio Toni:
Esse evento é uma premiação para a equipe de vendedores, a equipe comercial, é um reconhecimento onde nós vamos (sic) premiar os grandes destaques do ano passado, vamos também lançar uma nova campanha, uma evolução da atual campanha Fórmula 1, uma evolução dentro das novas exigências do mercado, e também lançaremos uma nova campanha e criaremos uma expectativa sobre o novo posicionamento de marketing da Casa do Corretor no mercado. Será uma festa mais madura, mais sóbria, uma festa com os momentos bem marcados, momentos de diversão, alimentação, de premiação, do que foi, do que é, vai ser bem a cara da Casa do Corretor nova.

Blog do Corretor:
Para quantos convidados?

Silvio Toni:
Para 700 convidados.

Blog do Corretor:
Incluindo corretores, gerentes, gestores…

Silvio Toni:
Sim. Ou seja, não serão todas as pessoas que vendem que serão convidadas.

Blog do Corretor:
Mesmo daqui da Casa?

Sílvio Toni:
Sim. Porque tem mais pessoas que vendem. Não é uma festa para toda Casa do Corretor, mas é uma festa da Casa do Corretor que nos interessa continuar.

Blog do Corretor:
Vai ter uma banda para animar a festa, não é?

Silvio Toni:
Vai ter uma banda, mas se ela não aparecer o Marketing vai tocar e vai cantar (risos). Aliás, não vai ter só a banda. Para pessoas como você que são vegetarianas, vai ter lá um bom capelete, queijos, para que todas as pessoas que forem sintam-se bem. Como nos outros anos. Mesmo que tenha um ou outro que acaba não gostando, nós estamos fazendo o melhor possível.

Blog do Corretor:
Eu participei da festa da Casa do Corretor em 2014, também no Club Homs, e confesso que achei a festa muito formal, no melhor sentido da palavra, claro. Havia mestre de cerimônia, sonoplastia, o pessoal bem vestido, este ano vai ser boa assim?

Silvio Toni:
Nós estamos caprichando para essa ser ainda melhor.

Blog do Corretor:
Quando eu comentei que viria hoje para lhe entrevistar, não faltou quem me perguntasse se eu ia fazer a Pergunta da Jararaca…

Silvio Toni:
Se não tiver não tem graça (risos). Mas é pra bater no rabo ou na cabeça? Está ficando famosa, a jararaca.

Blog do Corretor:
Depende da jararaca. Se for essa que você está falando, temos de bater no rabo para que ela fique mais esperta e os ratos mais amedrontados ainda. [Silvio não contém o riso, enquanto a pergunta é concluída]. Eu conheço a Casa do Corretor como era. E era uma grande Casa, movimentada, comentada… Hoje, pelo menos para quem está de fora, mesmo considerando as mudanças por que passa o mercado, percebe-se que algo mudou. A partir de quando isso começa a acontecer? Tem a ver com a regulamentação do setor, você à frente de um sindicato, a saída do Volnei, enfim, a parti de quando essa mudança começa a acontecer?

Silvio Toni:
Essa mudança começa na verdade antes da saída do Volnei. Dois anos antes da saída do Volnei, nós entendemos que seria bom a empresa se profissionalizar. Era preciso agir com mais maturidade, mais firmeza, e essa decisão nossa, foi o principal motivo da saída do Volnei, foi o principal motivo das mudanças que houve. Foi uma decisão onde (sic) os objetivos pessoais do Volnei não eram mais compatíveis com os objetivos da Casa do Corretor. Não foi uma separação litigiosa, não foi uma briga, mas chegou o momento em que ele precisou seguir o caminho dele. Que eu saiba ele está muito feliz onde ele está e nós também estamos. Mas se estivéssemos juntos não estaríamos nada felizes; nem ele, nem nós. Eu não estou falando mal dele, um grande parceiro, um grande líder, uma pessoa que nós tivemos um período importante juntos, porém esse período teve fim, como tudo na vida. Agora, é um novo período, tanto para ele quanto para nós. Hoje, a Casa do Corretor é uma empresa melhor do que era antes, mais sólida.

Blog do Corretor:
A saída do Volnei implicaria na saída de alguns corretores fiéis a ele. No entanto, a impressão que se tem é de que nem você e nem o João, não se importaram – e não se importam – com isso. Este foi um preço que você pagou com tranquilidade?

Silvio Toni:
Paguei e, assim, eu entendo isso como… uma empresa não pode depender de uma pessoa e nem de um grupo. Quando uma empresa depende de uma pessoa, quando essa pessoa sai a empresa acaba. Então, uma empresa é como uma árvore que a cada ciclo ela dá frutos, mas aqueles frutos precisam dar espaço para novos frutos. O mercado precisa de formar novos corretores. Nós estamos formando novos corretores, estamos buscando novas lideranças, mais comprometidas, mais arrojadas, corretores também mais conscientes… Eu digo para você que os corretores que saíram foram aqueles que nós gostaríamos que saíssem. Corretores que, como o Volnei, fizeram parte de um passado, mas que certamente não faziam parte de um futuro do nosso planejamento. Todos receberam o que era deles, muitos recebem até hoje, quem tinha um vitalício para receber continua recebendo, mas é o momento que tem que haver a separação. Eles continuam fazendo as mesmas coisas que faziam na Casa do Corretor, o mesmo sistema de trabalho, o Volnei segue a filosofia dele… Eu vou fazer uma comparação. Como toda comparação a gente tem de pegar o entendimento do que é o certo, não levar ao pé da letra. Mas numa construção, utiliza-se o andaime e este é utilizado enquanto o cimento não atinge a cura. Quando o concreto conclui a cura, o andaime tem de ser tirado e aquele andaime vai servir para outro lugar.

Blog do Corretor:
E com relação à legalização do setor?

Silvio Toni:
Com relação à questão sindical, passados já quatro anos, se não me engano, desse relacionamento Sindicato dos Vendedores de Planos de Saúde, com as Corretoras, eu digo para você que, na minha leitura o Sincoplan trouxe muito mais coisas boas do que coisas ruins. Ele criou muitas provocações, mexeu com muitas coisas que nós gostaríamos que não tivesse mexido. Só que quando você mexe com uma coisa assim, ou você arruma, ou fica exposto o problema, não é? Então, por conta disso, muitas coisas se organizaram. Por exemplo: a única entidade que fez alguma coisa – que também não deu resultado talvez porque estava sozinha – com relação a decisão da Prervent Senior ser vendida só pela equipe própria, foi o Sincolplan. O Sincoplan procurou fazer um abaixo-assinado, fez uma representação… Hoje, o corretor que for prejudicado por uma Corretora, se ele levar a reclamação ao sindicato esse sindicato vai defendê-lo. A Casa do Corretor, assim como as demais Corretoras… não temos um sindicato, ainda. Um sindicato habilitado para conversar de igual para igual com o Sincoplan. Está em fase de abertura.

Blog do Corretor:
Por enquanto, esse sindicato existe com a personalidade jurídica, até sair a Carta Sindical, quando ele será de fato um sindicato patronal. Esta é uma forma de se preparar para enfrentar um sindicato laboral?

Silvio Toni:
Primeiro, essa é uma busca nossa, não é minha. Essa busca vem desde a fundação da Acoplan. Quando a Acoplan foi formada, ela já vislumbrando essa perspectiva de um dia ter um sindicato representativo, uma vez que o Sincor, formalmente, se recusou a nos representar. O Sincor não quis representar a nossa categoria. Principalmente, quando o Sincoplan começou as abordagens dele, o Sincor falou “Não represento vocês, não tenho nada a ver com saúde”. Foi o posicionamento do Sincor por escrito.  Então, nós apanhamos, nós sofremos retaliações, sofremos denúncias, sofremos uma série de situações porque nós não tínhamos uma entidade para nos representar. Foi então que a Acoplan decidiu retomar essa questão do sindicato, que era o único meio de termos uma representação para dialogar com ele.

Blog do Corretor:
Aliás, Sincoplan era o nome desse sindicato criado pela Acoplan, não era?

Silvio Toni:
Era. Era Sincoplan. Só que não havia sido registrado. Então, eles utilizaram o nome, registraram e passou a ser deles. Hoje, nós temos o Sindiplanos, que está buscando esse reconhecimento. A hora que isso acontecer, aí nós vamos poder tratar Sindiplanos com Sincoplan e aquilo que for tratado vai para o mercado. Quando isso acontecer o Sincoplan não vai poder mais agir como age hoje. Porque por não ter uma representatividade, o setor, ele age como um franco atirador. Ele fala com quem quer, da forma como ele quer…

Blog do Corretor:
Eu percebo que ainda há quem questione a função do Sincoplan. Para esses, trata-se de um sindicato patronal e não laboral, observando o seu próprio estatuto. Como você vê isso?

Silvio Toni:
Eu vejo como todo mundo vê. Quando o Sincoplan foi fundado, foi feita uma carta sindical para que ele representasse o profissional autônomo. E quando isso aconteceu houve vários questionamentos como esse. Porém o Ministério do Trabalho ampliou esse texto, ele fez uma coisa que é nova, mas o MT quem deu essa cara a ele de ser um sindicato laboral, interpretando o seguinte: O autônomo também é um trabalhador. Ele não tem a característica de uma empresa. Porque a visão anterior era assim, “o autônomo é patrão”. Ele é patrão de si mesmo. Mas ele é um indivíduo. Então o MT o reconheceu como um sindicato laboral. As consultas que nós fizemos, os nossos advogados, junto ao MT, confirmaram isso. E é o que aparece hoje quando você consulta no site do MT. Então, hoje, a nossa empesa, e várias outras empresas Corretoras, têm o Sincoplan como sendo o sindicato dos funcionários. As homologações são feitas lá, o dissídio é estipulado por eles…

Blog do Corretor:
Dos funcionários das Corretoras?

Silvio Toni:
Sim.

Blog do Corretor:
E dos vendedores de planos de saúde?

Sílvio Toni:
Os vendedores de planos de saúde têm de pagar contribuição anual, eles pedem para nós colocarmos o comunicado informando que eles precisam fazer o recolhimento, não todos. Alguns não querem fazer. Aí é uma briga do Sincoplan com eles, não é? Mas se o corretor pagar as taxas, quando precisar do sindicato vai ter um acompanhamento. Caso contrário terá de recorrer à justiça comum.

Blog do Corretor:
No caso do Sincor, ele trata das questões dos seus funcionários?

Silvio Toni:
Não.

Blog do Corretor:
Então, no caso do Sincoplan o MT não considera do vendedor de plano de saúde empresa, mas no caso do Sincor ele considera o corretor de seguros uma empresa?

Silvio Toni:
Sim.

Blog do Corretor:
Confuso, isso, não?

Sílvio Toni:
É confuso, é confuso. Na verdade, assim, na colocação da jararaca, você falou na jararaca se reerguer, vamos dizer assim, com relação a partido, cada um tem a sua opinião. Eu pessoalmente não gosto do PT, entendeu? Não gosto do PT. Mas a gente tem de admitir o seguinte: Que esse governo é sindicalista, ele pega um País, que teve um período imenso de escravidão, que ainda tem escravidão no Brasil e ele parte para uma organização setorial. Então, surgiram muitos sindicatos nos últimos anos. Sindicatos de tudo quanto é atividade que não tinham para quem recorrer (sic). Era um País, para você, para muita gente, bacana. Mas, para um número imenso de pessoas, eram como se fossem invisíveis, passaram a ter representatividade. Você pode citar diversos casos de sindicatos que fizeram coisas erradas, mas não é uma questão política, é uma questão pessoal, de pessoas desonestas que têm em todos os lugares. Mas os sindicatos que foram formados eles agremiaram atividades e estão evoluindo na organização disso. É que para nós, aqui de São Paulo, parece algo assim fora da realidade.

Blog do Corretor:
Para muitos é inadmissível.

Silvio Toni:
Eu me lembro quando você viajou ao Nordeste para a despedida de sua mãe. Lá não é outra realidade? Quanta gente que é largada? Quanta gente que não tem nada? Quanta gente que não tem nem um serviço público de saúde para usar.

Blog do Corretor:
Hoje está bem melhor(!)

Silvio Toni:
Sim, por causa dessas ações. Agora, no meio dessas ações, quando você pega algo desorganizado para organizar, como que pode no período de 10 anos organizar o que em quase 500 [anos] não foi organizado? E vai demorar um tempo. Então, nesse momento de organização vai ter um Sincor que já é um sindicato formado há vários anos, que conseguiu organizar uma parte das atividades dos corretores de seguro. E um Sincoplan que começa precário, sem recurso, sem aceitação de ninguém, nem dos próprios vendedores – a maioria não aceita, e ele vai se organizando.

Blog do Corretor:
Mas…

Silvio Toni:
Eu vou dizer uma coisa para você: Eu sou um dos donos de Corretora que rejeitei o Sincoplan no começo. Como que uma pessoa que eu nunca vi vai assumir um negócio desse? Hoje, passados alguns anos, eu falo para você que em nenhum momento eu fui extorquido pelo Sincoplan, todos os donos de Corretora que eu indiquei para acertarem suas pendências, nenhum teve extorsão, se você visitar a sede do Sincoplan você verá que é típica de quem não tem recurso. E o presidente é uma pessoa simples, está lá fazendo o trabalho dele… então, eu não estou apoiando e nem desapoiando o Sincoplan, eu só estou dizendo o seguinte: Que ele vem fazendo uma coisa que ninguém fez. Está ajudando os vendedores de planos de saúde. As operadoras de planos de saúde – todas – dispensaram equipe própria. Os vendedores tinham direitos trabalhistas, não tem mais nada. Nosso mercado é totalmente irregular e ele busca meios de regulamentar. Agora, como eu vou falar mal, depois de passada a fase inicial de julgamento sem conhecimento? Seria uma grande injustiça. Hoje eu digo para você que já passou muita água debaixo da ponte. Eu já tive oportunidade de pegar dono de Corretora que estava desesperado, pensando até em fechar a empresa e eu falar assim: Não é o que você está vendo, vamos lá para você fazer o levantamento do que é o acerto que você tem de fazer. E sair lá o acerto de coisas que ficaram pendentes dois ou três anos, e não ficar nem em R$ 1 mil, pagos na Caixa Econômica Federal, sem nenhum tipo de abuso, nenhum tipo de abordagem de “olha, me dá isso por fora. Não. Então, são fatos que você não pode generalizar. Ele não veio para acabar com o mercado. O que está acontecendo é que o mercado está se organizando, então hoje eu falo para você – só para concluir a minha colocação, já que eu estou me prolongando – sinceramente, eu não sou mais tão contra o PT. Eu sou contra a corrupção.

Blog do Corretor:
Que está em todos os partidos.

Silvio Toni:
Que está no PT, mas está nos outros, está nas empresas, está nas Corretoras, está nas operadoras, está nos corretores, está em nós. Eu tenho uma convicção, isso faz parte da convicção da Casa do Corretor, que é o motivo de grandes mudanças. Que a corrupção tem de ser banida do nosso meio. Mas infelizmente todos os grupos humanos estão envolvidos numa podridão sem fim, como se fosse uma epidemia, uma peste negra. Que põe tudo a perder.
Agora eu tenho colocado para as pessoas, e agora falo para você, e gostaria muito que fosse a público, que a mudança tem de começar dentro da gente. Quando a mudança vem de dentro para fora eu passo a renunciar aquilo que é corruptível, aquilo que é sujo. E quando eu passo a renunciar isso, eu não mudo o Brasil, mas eu mudo o mundo ao meu redor. O problema não é a pessoa da Dilma, a pessoa do Lula, a pessoa do Aécio, a pessoa do Alckmin, o problema não está numa pessoa. Se estivesse seria muito fácil.

Blog do Corretor:
Eu queria que você falasse sobre a unidade ABC, agora sob a gerência da Gladys. Como está lá?

Silvio Toni:
Está muito bem. Nós tínhamos duas unidades, que é onde a gente começou, nós compramos uma pequena Corretora, ampliamos e depois nós compramos o escritório que pertencia a Barela. Compramos as instalações, não a Barela, não é? E aí estruturamos as duas unidades. Só que a rua onde ficava a unidade de São Bernardo, ficou muito perigosa, lugar de prostituição, prédio com vazamento, juntamente com isso, dentro daquilo que é a nossa convicção, o Rodrigo Pereira não cabia mais. Então nós tivemos que dispensá-lo e levamos a Gladys, que caminhava dentro do nosso pensamento do que é corretor para gerenciar a unidade de Santo André. E todos os corretores de São Bernardo foram para Santo André. E nenhum corretor de Santo André foi embora por causa disso. Ao contrário, alguns que tinham saído voltaram.  Agora nós estamos num prédio onde era a barela, é um prédio antigo, que não agrada, nós estamos procurando um imóvel mais novo para continuidade da Casa no ABC. O ABC é um mercado exigente quem vai para lá tem de entender a Cultura do ABC, poque mesmo sendo uma vizinha, ela tem uma cultura própria. E nós entendemos isso porque nós nascemos e fomos criados no ABC, pessoalmente falando. Então, o ABC tem um pensamento bairrista. Quem é do ABC entende que o ABC é melhor que São Paulo. Eu sinceramente acho que é mesmo. Mas nós queremos ficar no ABC, temos uma boa equipe…

Blog do Corretor:
Como será a Casa do Corretor daqui há cinco anos?

Silvio Toni:
Eu vejo uma empresa mais sólida, mais bem posicionada, mais eficiente nos seus negócios e sendo cada vez mais uma referência positiva, não para ser vista como algo inacessível, mas que vai ser imitada por muitas pessoas. O que é bom. Uma empresa que não vai dominar o mercado. Isso não.

Blog do Corretor:
Eu já lhe fiz esta pergunta em outra ocasião e agora farei novamente: Considerando as Corretoras de São Paulo com as TVs brasileiras, que TV seria a Casa do Corretor?

Silvio Toni:
Depende de qual é o ranking que você quer saber. Por exemplo: se você falar assim:  “ranking em número de corretores que entregam produção”, ”ranking de vendas”, “ranking de lucro”. Então, se você perguntar: “O que mais interessa para a Casa do Corretor, hoje”? É o ranking lucro, que é o que dá lucro para empresa.

Blog do Corretor:
E nisso ela está bem posicionada?

Silvio Toni:
Muito bem. Muito, muito, muito melhor do que dois três anos atrás.

Blog do Corretor:
O que a Casa vem fazendo para manter o seu corretor motivado?

Silvio Toni:
Dia 18 você vai ver isso lá. Dia 18 você vai estar lá com a gente, não sei se você vai querer mostrar porque, da outra vez você não quis mostrar, não é? Nós fizemos um levantamento para saber quanto tempo os corretores estão conosco e tem corretores com a gente há 10 anos. O número de corretores que têm cinco anos de casa é enorme. Aqui eles não têm problemas para receber comissão, pagamos em dia, é uma empresa estável. Agora, corretor que tem uma mentalidade infantil, não tem lugar aqui. Corretor que diz assim: “O que você me dá para eu trabalhar”? Quem tem de responder isso para ele é a necessidade dele. Ele tem de conhecer as regras, caminhar nela e aí ele vai se dá bem.

Blog do Corretor:
E o relacionamento da Casa com as operadoras, administradoras, por exemplo? Como estão as vendas do adesão?

Silvio Toni:
Nosso foco do adesão é com Qualicorp. As outras administradoras, têm material na Casa do Corretor, o corretor tem a informação, mas não é nosso foco.

Blog do Corretor:
Por que o foco só em Qualicorp?

Silvio Toni:
Porque é uma empresa que me inspira confiança. É uma empresa que ela pode mudar as campanhas, mas permanece firme nos objetivos dela. Não é uma empresa que está aqui, depois não quer mais São Paulo, depois quer voltar… Não.  A Qualicorp é para nós uma referência positiva, é um modelo de inspiração.

Blog do Corretor:
E com relação ao plano Pessoa Física? É verdade que a Amil já ensaia voo?

Silvio Toni:
Eu até pedi a Amil para registrar a sua matéria que você colocou que vai ter e vai ser só conosco (risos). Toma jararaca (mais risos).

Blog do Corretor:
E a Amil, registrou e carimbou?

Silvio Toni:
Eles estão atrás de você (risos). Então, o plano PF está cada vez mais distante de se tornar uma realidade. Ela [Amil] faz uma tentativa com os planos regionais dela, mas a forma como a saúde caminha no Brasil, a saúde suplementar, mais a saúde básica, hoje acaba caindo tudo nas costas da iniciativa privada, isso inviabiliza cada vez mais o modelo Pessoa Física. As poucas empresas que têm PF às vezes se mostram duvidosas se vão continuar ou não.

Blog do Corretor:
O que motiva você para continuar nesse segmento? É apenas o dinheiro ou você tem outras motivações?

Sílvio Toni:
Quando nós começamos a Casa do Corretor, não foi só pela questão financeira, mas por uma questão muito idealista de multiplicar conhecimento, de gerar oportunidade, de dividir riqueza, e essa lado idealista continua na gente. Nós queremos continuar vendo os nossos funcionários serem promovidos, serem convidados por operadoras para irem trabalhar, como acontece muitas vezes… Tanto eu quanto o João, temos uma origem muito humilde e essa origem é para nós como um jeito de ser que nós não queremos abrir mão. O nosso estilo de vida, a forma como nós gostamos de viver, não precisa ter uma Casa do Corretor para manter isso. Na verdade nós vivemos de uma maneira como todo corretor da Casa do Corretor poderia viver. E como nós continuaríamos vivendo se um dia voltarmos a trabalhar como corretores. E somos muito felizes vivendo assim. Por isso que eu falei para você que esta é uma pergunta íntima.

Blog do Corretor:
O corretor tem uma boa comissão na Casa?

Silvio Toni:
Tem. Tem uma comissão muito parecida com a comissão que é paga nas outras Corretoras, ele tem uma boa comissão, mas também não tem toda comissão. Ele ganha comissão, o gerente ganha comissão, os funcionários ganham salários, a empresa paga impostos e ainda tem lucro. Então ele não ganha toda comissão, ainda assim tem uma boa comissão.

Blog do Corretor:
Como é que está o seu modelo de trabalho com relação aos corretores? Eles são todos CLT?

Silvio Toni:
Nós temos o corretor autônomo, o corretor CLT, temos o corretor externo…

Blog do Corretor:
Para finalizar, eu gostaria que você ficasse à vontade para falar algo que eu deixei de perguntar e até mandasse uma mensagem para o mercado.

Sílvio Toni:
Então eu vou dar uma palavra de estímulo, quem sabe não fará bem a alguém.
Nosso mercado é muito especial porque ele mexe com a saúde. O acesso de uma pessoa assalariada, o acesso de um pequeno empresário, o acesso de um autônomo à saúde.  Então este é um mercado que movimenta muita riqueza em algo que é de 1ª necessidade. É um mercado essencial, de muita competição, mas que tem espaço para todos.
Eu falo para você assim que hoje, um candidato novo, que falar para mim assim: “Posso financiar uma casa para pagar em 30 anos com o que eu vou ganhar vendendo plano de saúde”? Eu digo, pode comprar. Porque daqui há 30 anos nós estaremos com o nosso mercado ativo, com espaço e muito melhor do que hoje.
É a minha palavra de estímulo que eu tenho para quem ler esta entrevista.

Blog do Corretor:
Muito obrigado e até o próximo dia 18.

Veja aqui, fotos da loja e do Salão do 11º andar

Compartilhar:

Facebook
Twitter
LinkedIn
Email

Deixe um comentário

Você pode optar por ficar anônimo, usar um apelido ou se identificar. Participe! Seus comentários poderão ser importantes para outros participantes interessados no mesmo tema. Todos os comentários serão bem-vindos, mas reservamo-nos o direito de excluir eventuais mensagens com linguagem inadequada ou ofensiva, caluniosa, bem como conteúdo meramente comercial. Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

JORNALISTA

Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

Categorias

Veja Também:

Fale com o Blog!