Por dentro da Qualicorp

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Segunda-feira, (22), conforme divulgado amplamente no mercado, José Seripieri Filho, mais conhecido como Júnior, anunciou a sua volta ao comando do Grupo Qualicorp, em substituição ao atual diretor presidente, Heráclito Brito Gomes, que deixa a presidência do Grupo Qualicorp depois do dia 15 de novembro

Também foi criado um novo cargo de COO cujo titular, Júnior já mantém um nome em segredo.

Pretende, ainda, buscar no grupo de notáveis dentro da Qualicorp um executivo para a função de CEO.  “A nossa predileção é fazer alguém da casa CEO. Ninguém mais conhece aqui Qualicorp do que nós próprios” – enfatiza.

O Blog teve acesso ao conteúdo da teleconferência estabelecida entre Júnior (Presidente); Heráclito Brito (Diertor Presidente) e Wilson Olivieri (Dieretor Financeiro e Diretor de Relações com Investidores).

A teleconferência é um tipo de entrevista através da qual a diretoria do Conselho presta esclarecimentos aos acionistas.

O Blog selecionou alguns trechos da teleconferência que começou com o diretor Wilson Olivieri explicando o motivo e a data da saída de Heráclito do Grupo.

OBJETIVO
Wilson Olivieri (fazendo um preâmbulo do evento) – Heráclito ficará somente até o dia 15 de novembro quando será substituído por Júnior. A intenção é de dar continuidade a todos os procedimentos e estratégias que já vinham lançando mão até então. A única novidade é a criação do COO, cujo candidato, em breve, poderá ser anunciado. Heráclito, continuará colaborando em alguns projetos em parceria com o Júnior.

TEMPO DE COLABORAÇÃO
Heráclito (respondendo a um investidor) – Não há um prazo definido, mas está aberto em função de alguns projetos que já estavam em andamento e eu vou dar a minha contribuição enquanto for necessário.
Com relação ao non-compete, é óbvio que em todos os contratos como o meu, existe um termo de non-compete assinado entre as partes. No meu caso o non-compete é de dois anos.

NOTA DO BLOG

Non-compete é um termo usado nas grandes corporações para definir o compromisso do executivo que deixa a empresa no qual este se compromete em não estabelecer concorrência.

SOBRE A CRIAÇÃO DE UM NOVO CARGO
Júnior – Em relação ao cargo de COO, a criação desse cargo (sic) já era uma meta para este ano, em especial do Heráclito e eu (sic). A única novidade é que a gente antecipou a vinda desse cargo (…)  eu não sou a pessoa mais técnica, do ponto de vista analítico do cargo, mas em essência será alguém que vai cuidar dos macros processos da Companhia como um todo. Hoje, a empresa continua crescendo e nós sentimos essa necessidade, como tínhamos há um ano e meio aproximadamente de alguém que acompanhe mais de perto a questão de processo do ponto de vista, não só financeiro, mas de processos da Companhia como um todo. Essencialmente esta vai ser a função primordial do COO.

SOBRE UM NOME PARA O CARGO
Júnior (respondendo ao investidor Rafael) – Sim, nós temos um nome, já em processo final para o cargo de COO. Naturalmente a gente só pode revelar o nome depois que estiver o preto no branco, assinado, não é alguém da Companhia e a minha demanda é que fosse alguém com foco em processos, evidentemente. Está absolutamente no radar, faltam questões protocolares, papel pra lá, papel pra cá… possivelmente nesta semana a gente vai anunciar.

SOBRE A VENDA DA AMIL
Heráclito – Como homem de mercado, que já operou numa Seguradora, no setor hospitalar, no setor de benefícios, permito-me fazer uma avaliação abrangente. Eu acho que é muito bom para o mercado. É benéfico para a Qualicorp por diversas razões, nós somos um grande parceiro da Amil, temos um relacionamento comercial muito estreito, mas a gente vê como positivo isso, mas, principalmente porque algumas demandas no setor vão ocorrer. Na indústria como um todo. Como a United é uma empresa que vai.. alguns (inaudível) aqui da Qualicorp a conhecem bem, já visitaram, é uma empresa que tem um nível de conhecimento, tem um nível de tecnologia, de informção… o setor de saúde nos EUA passou pelo que nós estamos passando agora; então, existem algumas coisas que o mercado brasileiro precisa aprender. Consequentemente, uma empresa como essa vai provocar mudanças no setor. E essas mudanças vão ser benéficas para o setor como um todo e para o consumidor, em..  (inaudível) toda e qualquer mudança que traz benefício para o nosso cliente, que vai estimular a concorrência, que vai aumentar a profissionalização, que vai demandar um esforço de todo o mercado, prá gente é benéfico e é visto com bons olhos. E eu estou falando em nome da Qualicorp. Obviamente que a gente já analisou esse dia quando a gente fez discussão em reunião interna.
A Qualicorp sempre teve a visão de que o crescimento de custo é ruim para a Companhia. Então nós estamos investindo muito em termos de controle de frequência, em termos de… Alguns programas que a United vai trazer, nós já enviamos a executivos dos EUA e a Carlyle, como sócia, nos ajudou durante esse tempo todo para conhecer novas tecnologias, para implementar ferramentas de controle de utilização… o que os amercianos chamam de utilization management, então eu acho que a United ficará surpresa no relacionamento conosco, vendo o quanto uma administradora no Brasil já avançou nesse sentido. Eu não vejo uma ameaça [a chegada da United], muito pelo contrário.

NOTA DO BLOG

Utilization management – termo em inglês que significa gerenciamento de utilização.

JUNIOR (acrescenta)
Eu fiquei absolutamente entusiasmado com a entrada da United no mercado, a gente, tem, o mercado tem de compreender que alguém muito sério, muito estruturado, sabe o que querem (sic), fazem bem feito, num absurdo profissionalismo, vêm do mercado, vão se juntar a uma pessoa que é digna, que é o Edson [de Godoy Bueno], que é um líder absoluto nesse mercado, ninguém mais do que ele conhece tanto esse mercado, como empreendedor, ali eu acho que é o casamento perfeito, tudo que vai subir a barra do mercado eu acho maravilhoso, para nós, particularmente, a gente vê isso como…  muito feliz.
Toda vez que uma operadora consegue gerenciar através de informações o seu risco, ela vai baixar supostamente o seu sinistro. Nós não ganhamos comissão com fins administrativos em cima dos sinistros. Então, para nós, é absolutamente bem-vindo, até porque nós já fazemos algum trabalho nesse sentido…
O trabalho de uma administradora de benefícios só vem a corroborar com um bom trabalho para redução de sinistros. Não raro, eu reclamo no mercado da ausência desse trabalho na gestão de sinistros por parte das operadoras, do ponto de vista conceitual histórico no Brasil. Então, para nós isso soma muito. E a figura das administradoras de benefícios, como diz um… tem um executivo nosso que ele fala: “É uma figura genuinamente jabuticaba; não é uma lata”.  A figura das administradoras de benefícios ela (sic) aglutina o cliente. Toda operadora adora alguém que aglutine cliente para ele (…). Hoje eu te asseguro, com a venda da United (inaudível), eu fiquei muito mais entusiasmado.

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JORNALISTA

Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

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