Impactos positivos da IA nos serviços médicos é uma realidade incontestável

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Por Evandro Alexandre Ribeiro

O cenário da saúde mundial está passando por uma transformação impulsionada pelo crescimento exponencial do uso da Inteligência Artificial (IA). Para se ter uma ideia, segundo um relatório da Grand View Research publicado neste ano, o mercado global de IA na saúde deve atingir a impressionante marca de US$ 61,7 bilhões até 2027, refletindo um notável aumento na busca por tecnologias que otimizem os serviços de saúde, tornando-os mais eficientes e personalizados.

De acordo com mapeamento realizado pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e Associação Brasileira de Startups de Saúde (ABSS), 62,5% das instituições já incorporam a IA de alguma forma. Além disso, a expectativa é que, em um ano, 12% dessas instituições ampliem significativamente seus investimentos em tecnologias, com 37% delas já tendo definido estratégias para essa expansão.

O crescimento é expressivo e necessário. Principalmente quando avaliamos questões relacionadas à segurança e o armazenamento de dados em nuvem, o aumento da disponibilidade de prontuários médicos, avanços nas técnicas de IA e a crescente demanda por serviços personalizados e de alta qualidade. A grande questão não é mais quando, mas sim como implementar o uso da tecnologia dentro da  Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para garantir serviços de saúde mais eficientes e vantajosos para os pacientes?

A resposta parece estar nos avanços e nas tendências vistas no setor. O diagnóstico e tratamento de doenças, como câncer e doenças cardíacas, estão se beneficiando da capacidade da IA de desenvolver novos métodos mais precisos e eficazes. A gestão de pacientes também está sendo transformada, com monitoramento remoto e previsão de crises médicas sendo áreas-chave de aplicação. Além disso, o uso estratégico de tecnologia está acelerando a pesquisa médica, identificando biomarcadores e contribuindo para o desenvolvimento de novos medicamentos.

Não há dúvidas de que o uso da IA já se configura como uma solução para aprimorar diagnósticos, tratamentos, desenvolvimento de drogas e pesquisas. Contudo, seu impacto direto na vida da população torna essencial a consideração rigorosa de questões bioéticas e de direitos humanos.  Tanto é que a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou essa importância, divulgando um guia sobre a ética na governança por trás da utilização da Inteligência Artificial no setor. 

O avanço tecnológico na saúde não se limita à IA; o prontuário eletrônico é um exemplo claro disso. Sua adoção generalizada em clínicas e hospitais reflete a busca por uma rotina mais eficiente para os profissionais da saúde e um atendimento mais abrangente e organizado para os pacientes. No entanto, o que parece simples é na verdade um longo e sinuoso caminho para garantir que as empresas do segmento possuam tecnologia adequada para manter a fluidez e segurança das informações, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).Uma solução completa deve conter diversas funcionalidades, mas também precisa contar com uma infraestrutura de plataforma que garanta a segurança dos dados. 

Parece clichê, mas esse é o cenário. O futuro da saúde está sendo moldado agora, e a pergunta não é mais ‘se’, mas como garantiremos que este seja um futuro mais seguro e melhor para todos. Isso implica na necessidade de considerar não apenas os avanços tecnológicos, mas também as consequências éticas, de privacidade e de segurança associadas à implementação dessas tecnologias na setor médico

Evandro Alexandre Ribeiro,  head de segurança da Informação da Avivatec, é graduado em Redes de computadores, MBA em Segurança da Informação e Pós Graduação em Cyber Security na Daryus Education e atua em tecnologia há 20 anos, passando por diversos setores com papéis e responsabilidades distintas. 

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Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

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